Segundo confirmou a Unidade Local de Saúde (ULS) do Médio Tejo, a vítima havia sofrido um grave acidente rodoviário e foi levada diretamente ao hospital por familiares e amigos, sem qualquer intervenção das equipas de emergência pré-hospitalar. Ainda assim, o grupo exigiu aos profissionais de saúde que realizassem manobras de reanimação, o que gerou um clima de forte pressão e confronto dentro da unidade.
À medida que a notícia se espalhava, o número de pessoas no local aumentou rapidamente, ultrapassando a centena. Entre gritos, empurrões e cenas de desespero, a situação tornou-se incontrolável, obrigando à intervenção imediata da PSP de Abrantes, que contou com reforços vindos de Santarém e Lisboa.
Apesar do cenário caótico, não houve feridos entre os profissionais de saúde, informou a ULS do Médio Tejo. Os danos materiais foram, no entanto, significativos: vidros partidos, um painel informativo destruído e caixotes do lixo danificados.
Num comunicado emitido após o incidente, a administração hospitalar expressou solidariedade com as equipas em serviço e garantiu que estão a ser aplicadas medidas adicionais de segurança para evitar novos episódios semelhantes.
Até esta quarta-feira, não havia sido apresentada qualquer queixa formal por parte de utentes ou funcionários do hospital.
A tragédia começou com um acidente rodoviário fatal e terminou num cenário de desespero coletivo, expondo a fragilidade das estruturas hospitalares perante situações de grande tensão emocional e a urgência de reforçar mecanismos de segurança e comunicação entre serviços de emergência e população.