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PSP alerta para burla por falso acidente

PSP alerta para burla por falso acidente

A Polícia de Segurança Pública (PSP), alerta para burla por falso acidente, sendo que o modus operandi mais utilizado pelos suspeitos consiste numa abordagem à vítima quando esta efetua algum tipo de manobra com a sua viatura (na maioria das vezes marcha atrás), nomeadamente em estacionamentos nas grandes superfícies comerciais, afirmando que a vítima embateu na sua viatura, solicitando uma compensação imediata (quantia monetária), utilizando manipulação, pressão psicológica ou mesmo intimidação. Esta abordagem pode ser efetuada:

de imediato, quando a vítima se encontra parada dentro da viatura; ou em circunstâncias em que a vítima já iniciou a marcha e é seguida pelo suspeito que se faz transportar numa outra viatura, levando a vítima, através de sinais de luminosos, sonoros ou apenas por gestos, a imobilizar a viatura de forma a perceber o que se passa. 

Por vezes, surgem situações em que não há envolvimento direto de viaturas e, ao invés, o suspeito alega um atropelamento, no qual os danos alegadamente provocados foram físicos ou materiais (p. ex. envolvendo os óculos ou o telemóvel). Depois desta primeira interação, o burlão solicita ser ressarcido dos danos causados (físicos ou materiais), pressionando a vítima à entrega de dinheiro no momento, sem necessidade de participação do acidente e sem a presença da autoridade policial, pois desta forma evitam acionar o seguro e tratam o assunto com maior celeridade. 

Recentemente, a PSP apurou também a existência de algumas situações em que o autor apresenta à vítima um TPA (Terminal de Pagamento Automático), insistindo no pagamento imediato. 

Em qualquer uma das situações mencionadas, para credibilizar todo o enredo, o burlão apresenta à vítima dor física, no caso da simulação de atropelamento, ou o dano no objeto em questão (quebra ou risco, seja na viatura ou no telemóvel), que normalmente já existia antes do alegado embate, facto que a vítima desconhece. Quando se trata de danos em viatura, ainda junto da vítima, o suspeito simula um contacto telefónico de voz com uma oficina de reparação automóvel ou com uma operadora de comunicações, transmitindo o dano e fingindo receber um valor de orçamento, que, por sua vez, transmite à vítima. 

Desde 01 de janeiro de 2021 a 31 de março de 2025, a PSP registou um total de 625 denúncias deste crime.

Neste sentido, a PSP aconselha a:

Não efetuar qualquer pagamento em numerário por situação que tem a certeza que não cometeu;  Desconfiar de abordagens em que o autor assume o tipo de enredo acima descrito e pressiona insistentemente no pagamento em numerário de imediato; Desconfiar de abordagens em que o autor não quer acionar o seguro, nem contactar a Polícia, apenas pretendendo o pagamento em dinheiro, oferecendo-se para o acompanhar a caixa ATM;

Não ceder o seu cartão bancário a desconhecidos, nem efetuar qualquer pagamento em TPA que lhe seja apresentado por desconhecidos;  Em qualquer situação que envolva o método descrito ou outras semelhantes, contactar a PSP e solicitar a participação de acidente; Não efetuar qualquer pagamento sem antes contactar algum familiar ou amigo para expor a situação, pois assim poderá ser elucidado da burla e ao mesmo tempo poderá criar algum receio no autor do ilícito;

Quando verificar que está a ser seguido por outra viatura, que efetua sinais para encostar a sua viatura, preferencialmente não pare. Porém, se optar por parar, não o faça em local ermo ou com pouco fluxo rodoviário, dirigindo-se para um local que lhe seja familiar, onde tem conhecimento da existência de densidade populacional;

Se estiver perante uma situação semelhante, se possível, tente reter o máximo de informação, como: Características físicas do suspeito (idade, altura, indumentária, modo de falar, sotaque, sinais, tatuagens ou outras); Nome por que se apresenta e contacto telefónico que possa fornecer;  Características da viatura utilizada (cor, marca, modelo, matrícula); Características dos seus acompanhantes.

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