A candidatura de Leiria a Capital Europeia da Cultura em 2027 não foi escolhida pelo júri para ser sujeita a uma derradeira seleção. Os proponentes e parceiros desta candidatura apreciarão o seu impacte no planeamento das atividades que estavam previstas.
Em princípios de 2019, estas entidades formaram a Rede Cultura 2027, assinando um manifesto, constituindo o seu modelo de governação e realizando o seu primeiro Congresso no ano seguinte.
Foi neste enquadramento que foram constituídas as equipas de trabalho que escutaram os agentes e criadores do território, estabeleceram plataformas de ação e desencadearam a formação de redes específicas, daí resultando o programa de candidatura que foi submetido ao júri internacional nomeado pela Comissão Europeia para deliberar sobre aquela que virá a ser indicada por Portugal. Esse documento tem como título Cuidar do Comum.
A candidatura que tem Leiria como primeiro responsável não foi umas das escolhidas pelo júri para ser sujeita a uma derradeira seleção, circunstância que naturalmente lamentamos. “Refletiremos sobre os motivos desta decisão. Os proponentes e parceiros desta candidatura apreciarão o seu impacte no planeamento das atividades que estavam previstas”, garante o responsável pela candidatura .
Adianta ainda que, “O compromisso da Rede Cultura 2027 será ajustado, em função dessa reflexão, mas a responsabilidade assumida em 2019 não será afetada. O território envolvido terá o seu projeto do Cuidar do Comum. Nesse sentido, iremos em breve reconverter o documento apresentado ao júri num plano de ação da Rede para o período 2022-2027”.
Sem a comparticipação dos fundos a que o título de Capital Europeia da Cultura daria acesso, teremos igualmente de rever o modelo de financiamento da Rede. O grande projeto de cuidar do nosso património artístico, cultural e de conhecimento assim o exige. As equipas de trabalho constituídas manter-se-ão, pois, em atividade, tal como até aqui.