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Novo estudo hidrológico e hidráulico do Nabão «viabiliza» investimentos no Flecheiro e em Marmelais

Novo estudo hidrológico e hidráulico do Nabão «viabiliza» investimentos no Flecheiro e em Marmelais

Foi aprovado por unanimidade na reunião de Câmara desta segunda-feira, o Estudo Hidrológico e Hidráulico do Rio Nabão, estudo necessário para a conclusão da Revisão do Plano de Pormenor do Flecheiro, que vai servir, não apenas a área que se estende da Ponte Velha ao Flecheiro, mas uma área muito maior, a montante da cidade até ao Plano de Pormenor do Açude, disse o presidente da Câmara.

Segundo Hugo Cristóvão, há cerca de uma década foi feito para um conjunto de rios portugueses, onde se incluía o Nabão, o Plano de Gestão de Riscos de Inundações (PGRI) para rios, de certa forma académica, que definiu cotas máximas onde haviam inundações e cheias rápidas, como era o caso do Nabão que causavam situações lesivas a pessoas e bens. Essas quotas inviabilizavam pretensos investimentos previstos para as duas margens do rio, Flecheiro e Marmelais.

A Câmara de Tomar propôs à APA a realização de um estudo específico para esta zona, que pudesse confirmar e demonstrar que as cotas máximas poderiam não ser tão lesivas como aquelas que estavam estabelecidas no RGRI. Além disso, para Hugo Cristóvão, “na sequência daquilo que foi a obra do Flecheiro, uma obra hidráulica de engenharia, no sentido de criar uma bacia de contenção de águas também para ajudar a minorar estes riscos, conjugado ainda com o caso da conduta de grandes dimensões que, neste momento, já está concluída, e que leva a água de todo o lado de São João até São Lourenço. Tudo isto conjugado, obrigava que houvesse um estudo que demonstrasse que as cotas máximas de cheia deveriam ser menores do que aquelas que o plano apontava”.

O estudo foi feito e apresentado, há um ano e dois meses, à APA e à própria Ministra do Ambiente, na Levada, aquando da sua visita a Tomar. Mas a APA demorou a validar esse mesmo estudo, que é necessário ser aceite e aprovado pelo executivo, sendo o mesmo favorável para Tomar.

Hugo Cristóvão referiu ainda, “com esta questão resolvida podemos avançar para os passos seguintes que é terminar a Revisão do Plano de Pormenor do Flecheiro, sem este estudo isso não era possível, no fundo vai validar muitas iniciativas públicas e privadas que estavam dependentes destas novas fórmulas de cálculos de cheia”.

Flecheiro e Marmelais vão ter ponte pedonal

No que diz respeito às obras públicas, uma delas já está pronta para ser lançada a empreitada, que é a ponte pedonal do Flecheiro que ligará esta margem do rio à zona de Marmelais, perto do Centro de Formação e Escola de Santa Iria. Uma outra, é a questão do Parque de Feiras de Marmelais, para o qual precisavam de saber, qual era a linha máxima de cota para poderem avançar na concretização do referido parque, nomeadamente com as conversações com os proprietários para se saber a área que passa para espaço público e a área da iniciativa privada.

Por último, Hugo Cristóvão confirmou que há um conjunto de investimentos privados quer do lado do Flecheiro como zona de lá, de Marmelais, que sem estas novas cotas aprovadas não podiam avançar.

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