A ETSA inaugurou o ProHy, um projeto industrial inovador que coloca Portugal na vanguarda tecnológica da valorização de subprodutos suínos. Com um investimento de 20 milhões de euros, esta é a quarta unidade da ETSA no complexo de Coruche e a primeira na Europa e nos Estados Unidos a aplicar hidrólise não enzimática em escala industrial.
O ProHy recorre a uma tecnologia de hidrólise de proteínas sem recurso a enzimas ou reagentes químicos, utilizando apenas pressão e temperatura elevadas. O resultado é um processo mais limpo e sustentável, capaz de transformar subprodutos sem valor comercial em matérias-primas de elevado potencial económico, como ingredientes para alimentação animal e aplicações farmacêuticas.
A iniciativa insere-se na estratégia de investigação e desenvolvimento (I&D) da ETSA, reforçando o seu compromisso com a economia circular e a sustentabilidade ambiental. Numa primeira fase, os produtos resultantes serão destinados à alimentação de animais de companhia.
A nova unidade foi visitada no dia 14 de outubro por uma delegação da Associação Industrial Portuguesa (AIP), liderada pelo presidente José Eduardo Carvalho, no âmbito do roteiro que a associação está a realizar pelas indústrias transformadoras. “A AIP está a fazer um roteiro pela indústria transformadora para reconhecer o trabalho das empresas num setor altamente competitivo e aberto à concorrência internacional”, destacou o presidente. “Com esta visita pretendemos reconhecer as empresas com uma performance económica e de gestão assinalável e identificar as suas necessidades e desafios.”
O anfitrião da visita, José Augusto Santos, CEO da ETSA, sublinhou que o ProHy é “um marco tecnológico e ambiental que reforça a posição da ETSA como líder europeia na valorização de subprodutos”.
Com mais de 50 anos de atividade, a ETSA, participada do Grupo Semapa, é referência no setor da transformação de subprodutos alimentares. O grupo opera atualmente cinco complexos industriais: quatro em Coruche, dois em Loures, um em Vila Nova de Famalicão e dois em Espanha (Tarifa e País Basco), dedicados ao processamento de subprodutos de peixe.
A ETSA processa anualmente mais de 200 mil toneladas de subprodutos, emprega 470 trabalhadores e deverá atingir, em 2025, um volume de negócios próximo dos 85 milhões de euros, exportando cerca de 60% da produção para a Europa, Ásia, América do Norte e África.
O ProHy representa, assim, um passo decisivo na consolidação da ETSA como líder europeia em soluções sustentáveis e tecnológicas para a indústria transformadora, reforçando o papel de Portugal na inovação industrial e ambiental.