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Primeiro avião “português” vai ser produzido em Ponte de Sor

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Foto: AL

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Chama-se “LUS 222” e será a primeira aeronave desenvolvida e produzida em Portugal, nomeadamente em Ponte de Sor, cidade alentejana onde floresce um cluster ligado à aeronáutica e aviação.

João Neves, Hugo Hilário, José Rodriguez e Miguel Braga. Foto: AL

O acordo entre os parceiros da empresa que vai construir a aeronave, de transporte ou carga civil, ou militar, foi assinado ontem quarta-feira depois da abertura oficial do Air Summit 2022, que decorre em Ponte de Sor, e onde marcou presença o secretário de Estado da Economia.

O projeto, implica a construção de uma série de edifícios num complexo industrial que tem de ter uma pista para ensaios, vai criar 300 postos de trabalho diretos e 800 indiretos, prevê que a primeira unidade possa entrar em certificação em 2025. O investimento é na ordem dos 100 milhões de euros e conta também com capital estrangeiro.

Quando estiver a funcionar em pleno, em velocidade cruzeiro, a fábrica terá uma produção de 20 a 30 unidades por ano. Esta aeronave é muito procurada em África e na América do Sul pela sua versatilidade, por poder funcionar muito bem em linhas regionais e, acima de tudo, porque não precisa de uma pista muito comprida para operar e, de acordo com os empresários, até pode aterrar em pistas de terra.

O nome escolhido é “LUS, de luz de Portugal”, começou por explicar durante a apresentação sendo que “os três 2 são: dois motores, 2 mil quilómetros de distância e duas toneladas de carga”.

Foto: AL

Miguel Braga deixou claro que o “LUS 222” será uma aeronave que terá todos os componentes nacionais, ou quase: “Na verdade, a única parte que não é portuguesa, são os trens de aterragem e os motores, não há ninguém que o faça em Portugal. Tudo o resto é português.”

Este será o primeiro avião português porque, adiantou, “em Ponte de Sor vamos ter a linha montagem final e é a primeira em Portugal. Temos a Embraer e as OGMA, mas nenhuma monta o avião por completo. É um grande salto para o cluster e o ecossistema aeronáutico português e é um grande resultado para o país”, sublinhou Miguel Braga.

O acordo assinado com a Câmara Municipal de Ponte de Sor, com a presença do secretário de Estado da Economia, João Neves, tem em conta a construção de um hangar para linha de montagem final de aeronaves, onde será igualmente construída a cabina de pintura, o centro de manutenção, o centro de treino e formação, e os edifícios administrativos (sede).

A aeronave regional ligeira, “não pressurizada, de 19 lugares, para dois mil quilos de carga e para dois mil quilos de alcance”, recordou, terá uma “versão civil e outra militar”.

Na especificação técnica a “LUS 222” tem 16, 5 metros de comprimento, 6,5 metros de altura, 3,7 toneladas de peso quando vazio (suporta até 8,2 toneladas), e atinge uma velocidade de 210 KN (nós), necessitando de 900 metros para levantar voo e 450 para aterrar, podendo fazê-lo em “pistas curtas e não pavimentadas”, frisou.

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