A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) apresentou ontem quinta-feira, 11 de setembro, um reforço significativo na área da proteção civil, com a entrega de 11 veículos especializados, módulos de intervenção diferenciados e uma embarcação de socorro. O investimento, no valor de 4 milhões de euros, é financiado em 85% pelo programa Portugal 2030, através da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR Centro). Os restantes 15% foram assegurados pelos 11 municípios da sub-região.
Segundo o presidente da CIMT, Manuel Jorge Valamatos, esta aposta resulta de uma escolha estratégica dos municípios, que priorizaram a proteção civil em detrimento de outras áreas possíveis de financiamento. O responsável sublinhou tratar-se de um modelo de “cooperação e partilha” entre concelhos, permitindo a distribuição equilibrada dos equipamentos e a sua utilização em rede, “ao serviço do território e da comunidade”.
O pacote global de investimento em proteção civil na região ascende a 6 milhões de euros. Além dos veículos e da embarcação já entregues, serão distribuídos até ao final de setembro 272 equipamentos de proteção individual (EPI), no valor de 500 mil euros.
Distribuição dos equipamentos
A aquisição resultou de concurso público dividido em três lotes:
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11 viaturas de proteção civil (1,9 milhões de euros + IVA), adaptáveis a diferentes módulos operacionais, um para cada município.
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11 módulos intermutáveis (1,6 milhões de euros), incluindo seis de combate a incêndios, um de bombagem, um de geração e iluminação, um de ar respirável, um de busca e salvamento e um de proteção multirriscos ambientais.
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Uma embarcação multiusos (cerca de 120 mil euros), preparada para operações de busca, salvamento, reconhecimento e transporte, com base operacional no Castelo de Bode.
Em fases posteriores, estão previstos investimentos na unidade local de formação de Caxarias e na base logística do comando sub-regional do Médio Tejo, em Vila Nova da Barquinha.
“Equipamentos para além dos incêndios”
Na cerimónia, Luís Filipe, vogal da CCDR Centro, destacou que este financiamento cumpre um duplo objetivo: reforçar a proteção civil e apoiar o combate às alterações climáticas. Sublinhou ainda que a candidatura conjunta dos 11 municípios deu maior escala e eficácia ao projeto, colocando o Médio Tejo entre as três regiões do país com melhor aproveitamento de fundos comunitários.
Também o presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), José Manuel Moura, felicitou a iniciativa, lembrando que “a proteção civil não se resume a incêndios florestais” e que é necessário preparar os corpos de bombeiros para cenários multirriscos.
A CIMT integra os municípios de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha.
