Os Deputados do PS, Hugo Costa e Marcos Perestrello questionaram, hoje, a Ministra da Saúde, sobre um eventual encerramento da maternidade de Abrantes e da urgência pediátrica de Torres Novas, considerando as recentes notícias públicas e não desmentidas sobre um plano de reorganização do Serviço Nacional de Saúde.
Segundo o requerimento que apresentaram na Assembleia da República, perguntam se “o Governo tem conhecimento da existência de um plano de reorganização dos cuidados de saúde agudos das grávidas no Serviço Nacional de Saúde que preveja o encerramento do serviço de urgência pediátrica de Torres Novas e da maternidade em Abrantes? E em caso afirmativo, subscreve o Governo esta proposta?
Queram saber também quais são os critérios técnicos e geográficos que fundamentam esta proposta, em particular em relação à densidade populacional, tempos de acesso, volume de atendimentos, qualidade dos serviços prestados, capacidade de resposta e proximidade de outras unidades hospitalares? De que forma o plano leva em consideração as especificidades da região, de modo a garantir que a reorganização não penalize as populações locais?
Por último querem saber qual é o cronograma previsto para a decisão e implementação destas propostas e que mecanismos de participação pública estão previstos no processo?
Terminam referindo que, a Unidade Local de Saúde do Médio Tejo, que integra os hospitais de Abrantes, Tomar e Torres Novas, serve diretamente mais de 150 mil utentes dos distritos de Santarém e Castelo Branco. E que perante este contexto, os Deputados do Partido Socialista não podemos deixar de manifestar repúdio a opções que, em nome de um exercício de racionalização, prejudiquem diretamente as populações locais e o seu acesso aos cuidados de saúde.