Torres Novas alerta para impacto do eventual encerramento da Urgência de Pediatria no hospital local
Contributo da Câmara Municipal de Torres Novas.
A Câmara Municipal de Torres Novas manifestou forte oposição à possibilidade de encerramento do Serviço de Urgência de Pediatria na Unidade Hospitalar de Torres Novas, no âmbito da consulta pública sobre a proposta de “Rede de Referenciação Hospitalar – Pediatria”, promovida pelo Ministério da Saúde.
Num contributo submetido a 7 de novembro de 2025, o município sublinha que tal decisão colocaria em causa a equidade territorial e a acessibilidade aos cuidados pediátricos na região do Médio Tejo, afetando milhares de famílias.
A autarquia recorda que mais de 50% das crianças da área de intervenção da ULS Médio Tejo vivem nos concelhos de Torres Novas, Entroncamento, Alcanena e Vila Nova da Barquinha, todos em proximidade direta ao hospital torrejano. Em 2024, 53% dos nascimentos registados na ULS corresponderam a progenitores residentes nesses quatro municípios, reforçando a importância demográfica e estratégica da unidade.
Além disso, os dados internos da Pediatria de Torres Novas revelam que a maioria dos utentes é proveniente dos concelhos de Torres Novas e Entroncamento, demonstrando a relevância local do serviço.
A Câmara destaca ainda a centralidade geográfica de Torres Novas, que constitui um ponto de convergência natural entre os concelhos vizinhos, e a sua excelente acessibilidade rodoviária e de transporte público, fatores que permitem um acesso mais rápido e equilibrado aos cuidados pediátricos.
O município alerta que o eventual encerramento da urgência pediátrica obrigaria muitas famílias a deslocações mais longas e difíceis, sobretudo em situações urgentes, o que “teria impacto direto na qualidade e rapidez da resposta em saúde infantil”.
Em nome do interesse público e da justiça territorial, a Câmara Municipal de Torres Novas solicita ao Ministério da Saúde a revisão da proposta e a manutenção da Pediatria no hospital local, afirmando que esta é a solução que “melhor garante a eficiência, a equidade e a proximidade dos cuidados de saúde às crianças do Médio Tejo”.

