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Brasões: Do Passeio das Motas Clássicas a 25 de maio até à concentração da Benção dos Capacetes em Fátima

O orgulho «salta-lhe» nos olhos, pelo sucesso do Passeio de Motas Clássicas dos Brasões, o que lhe mereceu um convite para o grupo ser, um dos 10, a nível nacional para participar na organização da Peregrinação da Benção dos Capacetes que acontece em Fátima em setembro próximo. Mas antes há muito trabalho para a 3.ª edição do Passeio das Motas Clássicas que vai ter lugar dia 25 de maio.

Foto de Arquivo. Uma das edições antigas
André Évora, elemento da organização do Passeio de Motas Clássicas

André Évora do Grupo de Motorizadas Clássicas dos Brasões conta-nos com grande orgulho que este clube foi convidado para integrar a organização da grande peregrinação da Benção dos Capacetes que se realizará em setembro próximo, em Fátima. É a maior Peregrinação Ibérica que se faz com Moto Clubes de Portugal e Espanha. Só por convite os clubes podem integrar a organização.

Os 10 clubes que são convidados para o ano seguinte é consoante o trabalho desenvolvido no ano anterior. No caso do Grupo de Motorizadas Clássicas do Centro C. R. P. dos Brasões fez, nos dois últimos anos, o passeio das motas clássicas que correu bem, tendo do primeiro para o segundo ano registado uma subida significativa de participação de motas de 150 para 280 respetivamente.

Grupo das Motorizadas Clássicas dos Brasões 

O Grupo de Motorizadas Clássicas dos Brasões, afecto ao Centro R. C. do Povo de Brasões, existe há quatro anos e, este ano, vai realizar o terceiro passeio de motas clássicas.
Segundo André Évora, da direção do grupo, esta iniciativa já tomou uma proporção inimaginável, inicialmente pensavam conseguir juntar 50 a 60 motas, tiveram logo 150, no segundo ano subiu para 280, e este ano espera ter 350 motas participantes.

O passeio já está marcado, e será a 25 maio próximo. O passeio para além dos participantes da terra, atrai também muitos das populações vizinhas e até mesmo de mais longe. Chegam a ter inscrições de pessoas que estão a 200 quilómetros daqui. Quanto ao percurso, André Évora disse ser surpresa. Todos os anos é um percurso surpresa.
“Quem vem não sabe, sabe apenas a que é que tem direito. Tem direito ao pequeno almoço, reforço, almoço e aos jogos da parte a tarde. Para além da partilha pelo gosto de motorizadas antigas, o dia do passeio é sobretudo um dia de convívio para todos os participantes.

À nossa insistência, André Évora apenas revela que o passeio deste ano vai ser para os lados de Ourém. Vão todos em ar de passeio, como o próprio nome indica, devagar, vai um carro à frente, outro carro atrás, é tudo devidamente sinalizado e com o apoio das autoridades.
Ainda sobre o 3.º Passeio das Motas Clássicas, André Évora afirma que é complicado passar com 350 motas dentro cidade, devido ao trânsito, optam por zonas limítrofes. Em relação às motas, pode participar qualquer género de mota. Dão normalmente, preferência a motas clássicas, pois é o ideal para se desfrutar deste passeio tão especial.

À questão sobre como surgiu esta ideia, André Évora confessa que sempre teve um gosto muito especial por motas. Acabaram por começar com as motorizadas, a participarem em outros passeios, até que começaram a fazer o seu próprio passeio. E apesar de não haver muitos jovens, nesta localidade, os mais velhos acabam por alinhar.
Quanto a custos, o nosso interlocutor acrescenta que a participação numa prova – passeio, ao fim ao cabo, não sai muito cara. E ainda podem receber brindes. Há um brinde para todos os participantes, têm uma t-shirt alusiva ao evento. O passeio não tem um caráter competitivo, mas há prémios.

No final do evento há prémios, para a motorizada mais antiga, para o participante mais velho, para a mota mais sui generis, entre outros prémios.
No primeiro ano fizeram uma brincadeira com uma dorna de água, colocaram lá dentro uma grade de cerveja quem quisesse tinha que a ir buscar, tinha que se molhar… No ano seguinte já havia um prémio para incentivar o pessoal a ir ao banho.
E assim se conclui, que esta atividade é também uma forma de dinamizar a coletividade. O dia do passeio vai ser casa cheia, no almoço contam também com familiares dos participantes que acabam por almoçar, ao todo, participantes, familiares e 60 pessoas da organização, terão mais de 500 pessoas envolvidas.

Brasões na Peregrinação e Benção dos Capacetes em Fátima

André Évora refere, que após os dois anos de trabalho, no ano passado, foram convidados a fazer parte da organização da próxima Benção dos Capacetes em Fátima.
Diz com orgulho, “Nunca houve nenhum concelho aqui perto, a fazer parte… Somos os primeiros e para nós, é uma honra sermos de uma terrinha pequenina e recebermos este convite”.

Benção dos Capacetes – Fátima 2024. Foto Agência ECCLESIA

No ano passado, a Benção dos Capacetes contou com 180 mil motas, em Fátima. Na próxima edição marcada para 21 de setembro, ao participar o grupo dos Brasões, proporciona também a divulgação da cidade de Tomar. Vai quem quer, é aberta a toda gente, vão fazer um convite aos tomarenses, e nesse dia vão ter um grupo organizado que sairá de Tomar, pois quem não quiser ir sozinho, pode juntar-se ao grupo. Já há alguém que fica cá para depois organizar e acompanhar a romagem com os motociclistas que quiserem ir à Benção dos Capacetes a Fátima.

André Évora fez questão ainda de referir que a Associação da Benção dos Capacetes de âmbito nacional, é uma associação sem fins lucrativos e todo o dinheiro que é angariado com a venda de merchandising é para uma causa solidária. Normalmente vai para um motociclista que tenha tido um acidente, e que precise de uma cadeira de rodas, de uma cama adaptada, ou de sessões de fisioterapia… Todo o dinheiro da venda das t-shirt’s e dos estandartes do evento, reverte para ajudar algum motociclista que esteja a passar dificuldades.

A Associação da Benção dos Capacetes, é uma associação autónoma que faz a articulação com o Santuário de Fátima e é esta associação que procura os 10 clubes, que por alguma razão, deram nas vistas, durante o ano transato, para dividirem as tarefas na organização da Peregrinação da Bênção dos Capacetes.
É preciso entregar águas, levar o andor de Nossa Senhora, é preciso estar no altar, fazer a representação dos clubes e das cidades. Cada clube leva cerca de 20 pessoas para representar o clube ou grupo da cidade a que pertence.

No caso concreto do Grupo de Motorizadas Clássicas dos Brasões vai levar o pendão da freguesia, o pendão católico da confraria (Pendão do Divino Espírito Santo) por alguém da Confraria de Carregueiros, vai representar o grupo e a cidade. Vão estar todos envolvidos na cerimónia, vai haver elementos do grupo a levar o andor. Todos estarão vestidos de forma a representar a cidade. Neste caso com a roupa que têm a nível interno.

Depois do passeio das motorizadas clássicas a 25 de maio próximo, começam logo a preparar e a organizarem-se para a peregrinação de setembro. Será ainda produzido um vídeo promocional da cidade, numa parceria com o Município de Tomar para divulgação oficial na Benção dos Capacetes.

As imagens já foram recolhidas para o vídeo junto à Igreja de Santa Maria dos Olivais, Ponte Velha, Castelo, Pegões e Praça da República. A ideia é convidar quem vai à Benção dos Capacetes deslocar–se para Tomar no final, uma vez que Fátima acaba por ficar um local muito complicado nesse dia.
Depois de acabar a Benção toda a gente quer sair, e passa a ser uma confusão, e Tomar sempre é um sítio mais fácil de parar. Fica apenas a cerca de 30 km de Fátima. E Tomar também pode e deverá ganhar com este evento.

Artigo publicado no Jornal O Templário, na versão impressa, de 17 /04/2025.

Isabel Miliciano

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