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Centro Hospitalar Médio Tejo anuncia resultado negativo de 12,6 milhões de euros

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O Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) anunciou esta quarta-feira um resultado negativo de 12,6 milhões de euros (ME) nas contas de 2021, cerca de metade dos 23,5 ME registados em 2020, afirmando ser a maior redução dos últimos cinco anos.

CHMT – integra os hospitais de Tomar, Abrantes e Torres Novas

“Apesar de negativos, [os resultados] eram expectáveis dadas as circunstâncias das dificuldades e restrições impostas pela crise da covid-19 e são até mais favoráveis do que seria de esperar”, disse o presidente do Conselho de Administração do CHMT.

Casimiro Ramos falava na apresentação do relatório de contas e balanço de atividade desenvolvida naquele centro hospitalar, que agrega as unidades de Abrantes, Tomar e Torres Novas, uma cerimónia que decorreu em Abrantes, no distrito de Santarém.

Segundo frisou o responsável, “apesar do resultado negativo, esta é a maior redução dos últimos cinco anos” nas contas do CHMT, só ultrapassada pelos resultados de 2016, ano em que o centro hospitalar registou um saldo negativo de 1,6 ME, um dado que o gestor associou a um “aumento muito expressivo” da atividade assistencial de redução das listas de espera, a par de medidas de contenção e rigor.

“Só foi possível [este resultado] graças ao grande esforço na recuperação das listas de espera, que continuam ainda elevadas, e que permitiu aumentar a produção e a faturação”, notou, estimando um acréscimo na faturação na ordem dos “6 a 7 milhões de euros e destacado ainda as “medidas de rigor” implementadas ao nível das “despesas de funcionamento, gestão de stocks e aquisições”.

Com um orçamento de 96 milhões de euros em 2021 e 2.237 trabalhadores, o presidente do CHMT destacou ainda investimentos efetuados na ordem dos 6 ME nos últimos dois anos, num balanço global que aponta para um total de 8 ME a mais de custos em 2021 do que de proveitos.

A evolução favorável das contas hoje apresentadas, na comparação com 2020 e com os últimos cinco anos, resulta da melhoria do resultado das prestações de serviços e concessões, que totalizaram um montante global de 76,5 ME, contra os 55,1 ME de 2020, tendo sido registado, por outro lado, um aumento dos custos com mercadorias e matérias consumidas, fornecimentos e serviços externos, a par de gastos com pessoal, que regista um total de 2.237 trabalhadores (um aumento de 226 funcionários nos últimos dois anos) e uma folha salarial atual de 67,6 ME.

A dívida total do CHMT ascende hoje aos 23,2 ME, um aumento relativamente a 2020 (19,9 ME) e uma diminuição relativamente a 2017 (31,6 ME), sendo o valor da dívida vencida no final de 2021 de 13,2 ME, um aumento relativamente a 2020 (10.09 ME) e uma diminuição para 23,4 ME comparativamente ao ano de 2017, valores finais que contaram com o apoio do governo através de um aumento de capital na ordem dos 7 ME.

Com um orçamento para 2022 de 113 ME, Casimiro Ramos disse vislumbrar uma “luz ao fundo do túnel”, apesar da “sexta vaga em curso” em termos pandémicos e de, ao dia de hoje, o hospital de Abrantes ter 34 doentes internados com covid-19 em duas enfermarias dedicadas, um dos quais em cuidados intensivos.

Como perspetivas para este ano, o gestor antecipou uma “intensa retoma da atividade”, um “forte investimento na melhoria das instalações e dos equipamentos médico-cirúrgicos”, que disse serem na ordem dos 7 ME, a par de investimentos na criação de respostas aos cuidados de saúde mentais dos mais jovens, protocolos de colaboração com instituições de ensino superior, investimento na capacitação e formação dos profissionais e criação de comissões ao nível da humanização do CHMT e de ambiente e sustentabilidade.

C/Lusa

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