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O drama de Inês Sofia contado na primeira pessoa depois de ter perdido uma perna num acidente de comboio

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A jovem Inês Sofia Teixeira, de 21 anos, foi colhida, em novembro de 2022,  por um comboio alfa pendular, na estação de Vale de Figueira, estação que antecede a estação de Santarém. Neste trágico acidente Inês Sofia ficou sem uma perna, que foi amputada devido às graves lesões que sofreu.

Inês Sofia depois do acidente

Por falta de meios e de apoio da segurança social, a jovem lançou um apelo nas redes sociais, contou a sua história e pediu ajuda financeira para recuperar a sua vida. Como a própria escreveu na sua página do facebook: “Nunca fui pessoa de aceitar ajudas de ninguém, mas infelizmente não tenho outra hipótese… este acidente fez com que a minha vida parasse, repentinamente! Sem a prótese eu não posso trabalhar, andar, correr, dançar, nadar, etc… Impede-me de viver a vida e de ser EU!”

Mas quis a boa vontade de alguém ajudar Inês Sofia, que relata agora: “fui contactada por uma pessoa que trabalha na área de criação de próteses que em conjunto com um anjinho se disponibilizaram para, inicialmente, financiar a minha 1ª prótese”, relatou, garante que o dinheiro que entretanto recebeu “ficará sempre associado a despesas neste âmbito: manutenção de próteses futuras; compra de equipamentos de locomoção: canadianas, cadeira de rodas específica para amputados, andarilho; entre outras despesas associadas. E é por estas pessoas boas que eu ainda não perdi a esperança no mundo”, acrescenta Inês.

Onde pára a Segurança Social? Perguntamos nós. Infelizmente é verdade, a Segurança Social  leva anos a dar resposta e a satisfazer os pedidos de próteses para utentes que necessitam delas. Aqui fica registada a nossa indignação.

No pedido que fez, Inês Sofia relatou a sua história, um acidente que lhe mudou a vida para sempre.

“No dia 12 de novembro de 2022, por volta das 16:00 da tarde, ao sair do comboio regional, na estação de Vale de Figueira (Santarém), ao realizar a travessia de linha pela passagem de peões para o outro lado, fui colhida pelo comboio Alfa Pendular que seguia no sentido Norte-Sul com destino a Lisboa.

Estando entre as duas linhas ferroviárias, fui atingida pela proteção das rodas da frente lateral direita do comboio, causando uma amputação imediata de grande parte da minha perna direita e, devido a ter sido projetada para trás, com a queda, acabei por somar também várias fraturas na zona da bacia e encaixes do quadril com o fémur amputado.

Ainda no local, mantive sempre a consciência, mesmo depois de me ter apercebido que não estava completa. Pedi para falar com o meu namorado e a minha avó, pois não sabia se iria vencer aquela luta agonizante pela vida…

Pedi às pessoas, que estavam comigo a dar-me força que usassem o meu cinto, que por sorte ou destino, era elástico para agarrotar a minha coxa, para que me ajudasse a aguentar a espera, que parecia infinita, pela VMER que, mal chegaram, colocaram-me em coma induzido, porém como estava muito fraca, a anestesia acabou por causar-me paragem cardiorrespiratória. Depois de 1 hora no local a ser estabilizada e entubada, fui transportada de INEM para o Hospital de São José, em Lisboa, entrando de imediato nas urgências, para o bloco operatório / sala cirúrgica.

Fiquei internada nos cuidados intensivos até à noite do dia 24 de novembro passando para a enfermaria de cirurgia plástica e reconstrutiva onde permaneci até dia 25 de janeiro de 2023, dia em que tive alta hospitalar.

Passei por 4 cirurgias no total, várias transfusões sanguíneas, instabilidade emocional devido ao trauma e o pior de tudo foram, sem dúvida, as muitas dores que aguentei, apesar de estar sempre sob o efeito de muita medicação.

Mas venci… E a minha vida pode voltar a ser normal…” o relato na página de Inês Sofia.

Para ver carregue AQUI.

Recorde-se aqui a notícia publicada pel’ O Templário

https://otemplario.pt/ocorrencias/jovem-ferida-com-gravidade-por-comboio-em-vale-de-figueira-santarem
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