Abrantes teve, até ao momento, o maior financiamento do PRR do distrito na área social.
Trata-se do lar de idosos “Todos Irmãos”, da Associação Social “A Mó e a Água” que foi inaugurado na passada semana, conhecido como lar do Padre Zé da Graça.
Na sexta-feira, dia 5 de maio, dia da inauguração, o espaço exterior do lar de idosos de Vale das Mós estava apinhado. Entre os habitantes da terra e as dezenas de convidados, todos esperavam a chegada da hora de abertura das portas de uma instituição que foi pensada ou sonhada há 40 anos.
A Associação Social “A Mó e a Água” avançou com este projeto, mais conhecido pelo lar do Padre Zé da Graça, . Foi precisamente há 40 anos que José da Graça, então pároco de Vale das Mós sonhou este lar porque, como diz, o ministério da Igreja para ele só faz sentido com obra social e em prol dos outros
A inauguração contou com a presença da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, o diretor da Segurança Social de Santarém, Renato Bento, e o presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, o Cónego José da Graça confidenciou como levou a obra avante. “Primeiro com as responsabilidades de “construir” um empreendimento de 3 milhões de euros. Depois sobre as responsabilidades financeiras. No meio a informação de que a obra está feita e a direção ainda tem na conta 5 mil euros para o arranque da atividade assistencial”.
No contexto regional, Abrantes tem conquistar uma posição de destaque no que diz respeito a investimentos. Primeiro foi o Hospital de Abrantes, o primeiro a ser construído de raiz, quando outras cidades reivindicavam, há anos, este equipamento de prestação de cuidados de saúde. Também o Tecnopólo de Abrantes tem dado cartas na região, no âmbito da economia. Também no património, Abrantes pode orgulhar-se de ter um dos maiores museus municipais da região. De salientar ainda os cargos governamentais, cujos titulares ou são de Abrantes ou estiveram ligados a este concelho. A ex-autarca da Abrantes Maria do Céu Antunes, hoje é ministra da Agricultura.
E enquanto os projetos avançam em Abrantes, outros concelhos contentam-se com as migalhas que vão sobrando do PRR. Será o antigo lobby de Abrantes ou a eficiência dos agentes locais abrantinos?
Isabel Miliciano