Doze anos volvidos e aqui estou, a prestar contas da governação efetuada durante este período. Em 2013 vivíamos um período de mudança, sentia-se no ar, era quase palpável, tal a vontade de sair da asfixia financeira que a Câmara de então vivia, com tudo o que isso acarretava para a comunidade e para o Concelho. Lembro-me de que o Município não conseguia comprar a crédito, nem um parafuso. Mercado Municipal encerrado, a zona do Flecheiro sem dignidade, Várzea Grande com lama no Inverno e pó no Verão, a pousada no Mouchão encerrada, o Convento de Santa Iria em ruínas, o centro da Cidade completamente adormecido. 35 milhões de euros de dívida como herança! Surreal!
Na Asseiceira, vivia-se o fim de 12 anos de gestão Social Democrata e entrava-se numa nova fase. O foco desta nova gestão não foi o passado, mas sim atuar no presente de então para moldar o futuro que temos hoje. Sectores como a Educação, a Saúde, o Associativismo, as Infraestruturas, a Modernização administrativa, a Cultura, o Património e a Inovação foramas prioridades.
Nunca como hoje tivemos tanto! Esta é uma verdade inquestionável, mesmo para aqueles que tendem a olhar para o copo como meio vazio e nunca, meio cheio.
Um novo Centro Escolar, um novo Pavilhão Multiusos, um Centro Cultural, um Espaço de Cidadão, um Albergue para Peregrinos de Santiago, novas Caixas ATM, Wc nos Cemitérios, alargamento do Cemitério da Asseiceira, um Museu da Rádio, um Espaço Cowork, uma Ciclovia, aldeias inteiras totalmente repavimentadas como as Rodas e o Grou, vários parques infantis e jardins, construção de quilómetros de valetas e passeios, para segurança dos peões.A aquisição de viaturas de carga e de combate a incêndios, etc., etc…
A substituição da rede de abastecimento de água para a Roda, que acabou com a falta de água qua aí existia, a ligação à EPAL e à rede da Barquinha para reforço do abastecimento de água na Roda Pequena através da ligação à Laranjeira. O mesmo aconteceu na Linhaceira, evitando ruturas sucessivas e falta de água. Para além das obras físicas, que ninguém consegue apagar com uma borracha e fazê-las desaparecer, existiram os Eventos que durante estes anos foram surgindo. A Ceyceyra Medieval e a Aldeia Natal em Santa Cita são disso exemplo. Dois eventos cujo apoio da Junta e do Município foram fundamentais para serem realidade. A Publicação do Livro “Asseiceira em miúdos”, o apoio aos Livros sobre a Matrena e sobre os Oleiros da Asseiceira, ajudaram a preservar a memória coletiva do nosso povo.
Foram tantas as áreas de intervenção, mas não deixámos de pensar o futuro que se avizinha, por isso temos o projeto concluído da requalificação do Centro da Linhaceira, na contratação pública do Município para lançar empreitada antes das eleições e fechar este capítulo. O Município cedeu ainda o terreno e a antiga escola primária da Linhaceira ao Centro Social para a construção do Lar, bem como o terreno para a futura Creche.
Fecha-se este ciclo, abre-se outro. Muito foi feito, muito há por fazer. Imensamente grato aos que fizeram parte da minha equipa, aos colegas de executivo, aos membros da Assembleia, aos funcionários da Junta, às Associações da freguesia, responsáveis por tanto de bom que vivemos nos últimos anos, ao executivo do Município de Tomar, parceiro inseparável do sucesso da nossa Governação, a Anabela Freitas e Hugo Cristóvão enquanto presidentes deste órgão, incansáveis na procura de melhores condições de vida para os seus munícipes, ao Partido Socialista pela confiança demonstrada e apoio incondicional, ao Fregueses da Asseiceira, sempre disponíveis para ajudar na construção de uma comunidade sã
viva e, por último, à minha família, minha âncora, meu porto de abrigo.
Obrigado por me terem dado a oportunidade de ajudar a construir a minha terra, a minha comunidade!
Carlos Rodrigues
Presidente da Junta de Freguesia de Asseiceira