O primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, viveu entre 1109-1185, no século XII. Quem viveu em Tomar, entre 1420 e 1460, no século XV, como Administrador da Ordem de Cristo, a desenhar “estratégias para os descobrimentos”, foi o Infante D. Henrique. Até ao momento em que escrevo este artigo não sei de alguém que tenha denunciado um erro tão escandaloso. Em todo o mundo escreveram-se e escrevem-se grandes livros sobre “Henrique, o Navegador”. Em Portugal, adultera-se a História Nacional e a de Tomar de forma escandalosa. Portugal tem um dos maiores Património históricos da Humanidade, onde Tomar tem um lugar cimeiro. Nem em Portugal nem em Tomar se zela e defende o riquíssimo Património histórico.
O Património histórico de Portugal e de Tomar, além de fazerem parte do nosso acervo histórico e cultural, são a base da nossa identidade nacional. E, em termos de economia, são fatores de atração turística. Consequentemente, têm de ser respeitados e preservados, pelo que devem ser constantemente vigiados no âmbito da esfera da Segurança Nacional, para evitar atentados ao Património Nacional, que também é Mundial. Daí que se torne urgente a consciencialização dos portugueses da existência desse Património e do seu valor. Essa consciencialização e valorização do Património histórico deve começar em Tomar. Como defendo, desde há muito, é urgente a candidatura de Tomar a Património Mundial.
Sérgio Martins