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Já foi visitar o MAST – Museu de Arte Sacra de Tomar?

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É em Tomar, se não sabe onde fica ou ainda não deu por ele.

Em Tomar há um museu escondido à vista de todos: o Museu de Arte Sacra de Tomar (MAST). Melhor dito seria o MNAST – Museu Nacional de Arte Sacra de Tomar  tal é a importância e o valor das peças expostas. Trata-se  de um museu disperso — ou organizado — em vários núcleos de fácil e gratuito acesso, com excepção de um deles.

Entre Pintura (tábuas, retábulos, telas, dípticos, trípticos, polípticos, frescos e têmperas), Escultura (estatuária, funerária e talha), Azulejaria e Arquitectura, o acervo, assim por alto e pelos mínimos, anda à volta de umas centenas de peças, móveis e imóveis.

A secção gratuita encontra-se praticamente toda na parte baixa da cidade e está dispersa por nove núcleos, se não me falha a Aritmética, que, além do desfrute das colecções, proporciona ainda um salutar percurso pedonal que pode ocupar todo o dia ou dois meios dias, com pernoita, se o visitante vier de fora e pretender algo mais que o museu propriamente dito; a secção sujeita a bilhética encontra-se na parte alta, a ocidente, em mais dois núcleos.

A visita pode ser errática ou estruturada, isto é, entrando num dos núcleos e seguindo para os restantes sem qualquer ordem ou nexo de sequencialidade, ou, pelo contrário, optar-se por escolher um início e seguir à risca um determinado roteiro.

Os núcleos expositivos são os das igrejas de S. João Baptista, Santa Maria dos Olivais, da Misericórdia, de S. Francisco, das capelas de Santa Iria, Santo António, São Gregório, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora da Piedade, da Sinagoga, e da Charola do Castelo Templário/Convento de Cristo, incluindo a Capela do Cruzeiro e todo o conjunto conventual se não quisermos perder mísulas, arcarias, capitéis, colunatas, pedras de fecho e nervuras.

Entretanto, regressaria a Tomar o que está no Museu Nacional de Arte Antiga, naturalmente. Mas isso seria um reforço e não é determinante para a existência do que já existe.

Quanto a nomes, para não me perder em muitos deles, basta começar com cinco ou seis para percebermos a qualidade do trabalho e das obras expostas, colocando Tomar ao nível de qualquer museu de arte sacra europeu: Gregório Lopes, Diogo Afonso, Quentin Metzys, João de Gant, João de Castilho, Domingos Vieira Serrão… Como referi, basta ficar por meia dúzia, porque muitos mais há, para se aferir da grande valia do MNAST.

Por norma, temos o hábito de visitar estes núcleos na alargada perspectiva dos monumentos que são, bem como dos respectivos contextos históricos; mas, como penso ter acabado de demonstrar, podem — e devem — ser visitados naquele seu outro enquadramento que é o das peças expostas e do seu valor individual.

Só falta o Catálogo!

Só falta o Catálogo, mas presumo que não seja ele problema de maior. Nem problema menor.

Entendam-se a Paróquia de Tomar, a Câmara Municipal de Tomar e o Convento de Cristo e convirjam num plano de promoção e divulgação do nosso Museu Nacional de Arte Sacra e meio assunto está resolvido. O restante fica a cargo do Centro de Estudos em Fotografia / CMT / IPT / Casa dos Cubos, para recolha fotográfica de cada uma das peças, e do Instituto Politécnico de Tomar, através do seu Curso de História da Arte, para definição e redacção dos conteúdos relativos a cada peça. Por fim, o Curso de Artes Gráficas do IPT mais os Serviços de Comunicação da CMT encarregar-se-ão de produzir o Catálogo (papel e digital). Caberá, ainda, ao Turismo do Centro assumir muito boa parte das despesas e promoção nacional e internacional.

Ah! Faltará ainda  lançar concurso para a imagem gráfica e logótipo do MNAST.

Cá para mim, tudo pensado, visto e executado, era coisa para estar prontinha lá para o final de 2024, como prenda de Natal.

Era, não era?

Carlos Trincão

https://jatenhoblogue.blogspot.com/

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