As Comissões de Utentes dos Serviços Públicos da Região do Médio Tejo (CUSPRMT) manifestaram-se contra a eventual reintrodução de portagens na A23 e A13, considerando que o Governo está a tomar decisões que não foram apresentadas durante a campanha eleitoral.
Em comunicado emitido na passada quinta-feira, 14 de agosto, os utentes criticam o que consideram ser uma mudança de postura do executivo. “O ‘não’ transformou-se em ‘sim’ em diversas matérias, e receamos que o próximo Orçamento do Estado seja usado para repor as portagens”, alertam.
Comissões consideram reintrodução na A23 e A13 “um retrocesso” e lançam apelo aos candidatos autárquicos
Os utentes recordam que a luta pela eliminação de portagens na A23 se prolongou por mais de 13 anos e resultou, finalmente, na sua abolição a partir de 1 de janeiro deste ano, embora os pórticos permaneçam instalados. A CUSPRMT lamenta ainda que algumas forças políticas que “nunca se empenharam” pela causa estejam agora a apresentar-se como candidatas às autarquias.
Numa carta aberta enviada recentemente às candidaturas autárquicas do Médio Tejo para 2025, a comissão lista várias prioridades para a região, entre as quais a manutenção da isenção de portagens nas vias estruturantes A23 e A13 e a remoção dos pórticos.
A estrutura termina com um apelo dirigido, especialmente, aos candidatos do concelho de Torres Novas:
“São a favor ou contra as portagens na A23 e A13? E estão dispostos a defender o desmantelamento dos pórticos?”