Especialistas de todo o mundo reuniram-se nas Grutas de Mira de Aire

Objetivo: Colocar Mira de Aire no mapa europeu do turismo subterrâneo.

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Cerca de 60 especialistas e representantes de grutas e minas de vários países reuniram-se, de 24 a 26 de outubro, em Mira de Aire, no concelho de Porto de Mós, onde participaram nas I Jornadas Lusitanas de Turismo Subterrâneo, um encontro que pretendia promover o conhecimento, a valorização e a preservação do património subterrâneo.

Organizado pelas Grutas de Mira de Aire (https://www.grutasmiradaire.com), em parceria com a Associação de Grutas Turísticas de Espanha e a International Show Caves Association (ISCA), o evento contou com a presença de especialistas de Portugal, Espanha, Estados Unidos, Geórgia, Bulgária, Croácia, República Checa, Alemanha e Áustria.

Segundo Nuno Jorge, diretor técnico das Grutas de Mira de Aire, a realização das jornadas foi “um momento importante para mostrarmos o nosso potencial aos parceiros internacionais” e também “uma oportunidade para aprender e aplicar novas ideias nas visitas e nos espaços subterrâneos nacionais”.

O responsável sublinhou que o turismo subterrâneo em Portugal tem margem para crescer, sobretudo com a aposta em visitas com vertente científica e educativa. As Grutas de Mira de Aire, as mais visitadas do país, receberam 250 mil entradas em 2024, o que demonstra, segundo Nuno Jorge, o interesse crescente do público por este tipo de património.

Além das grutas de Mira de Aire, o Maciço Calcário Estremenho inclui outros espaços visitáveis, como as Grutas da Moeda, em Fátima, as Grutas de Alvados e Santo António, em Porto de Mós, o Algar do Pena, em Alcanede, as Grutas de Alcobertas, em Rio Maior, e as Grutas das Lapas, em Torres Novas (https://torrescode.cm-torresnovas.pt/lapas), escavadas por mão humana. No Alentejo, destaca-se a Gruta do Escoural, em Montemor-o-Novo, enquanto no litoral sobressaem formações acessíveis por barco, em Peniche e no Algarve, com a popular Gruta de Benagil. Nos arquipélagos, há várias grutas vulcânicas nos Açores e, na Madeira, as Grutas de São Vicente, atualmente encerradas ao público.

Colocar Mira de Aire no mapa europeu do turismo subterrâneo

Durante o encontro, os participantes discutiram formas de reforçar a cooperação internacional na valorização do património subterrâneo. Uma das ambições passa por lançar as bases para a criação de uma associação europeia de turismo subterrâneo, que complemente o trabalho da ISCA.

“Vamos tentar lançar as primeiras pedras para haver uma associação europeia. Achamos que seria interessante ter uma estrutura que pudesse dar apoio e visibilidade a nível continental”, adiantou Nuno Jorge.

O programa das I Jornadas Lusitanas de Turismo Subterrâneo incluiu comunicações, mesas-redondas e visitas técnicas a grutas e espaços culturais da região, numa iniciativa que teve por objetivo colocar Mira de Aire no mapa europeu do turismo subterrâneo.

 

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