VN Barquinha aposta na recuperação de património
Apresentação do retábulo de S. Tomás Canturiensis na Igreja Matriz de Tancos.
A Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha tem vindo ao longo dos últimos tempos a apostar na recuperação e conservação do seu património edificado e cultural.
A 31 de maio último, a freguesia de Atalaia voltou a erguer, o seu símbolo do seu passado de autonomia e justiça com a apresentação pública da réplica do Pelourinho Manuelino reinstalado perto da localização original, junto à antiga sede da Câmara Municipal da Atalaia, atual Junta de Freguesia.
Esse monumento peculiar era resultado da concessão da carta de foral outorgada aos concelhos. Um pelourinho é um padrão de glória porque significa que a Atalaia foi Vila e sede administrativa quando esta terra se viu livre das pretensões de outros lugares por foral de D. Dinis (1315), D. Afonso IV (1325 e 1328) e de D. Manuel (1514).
A construção dos pelourinhos verificava-se, nas povoações, num lugar central, normalmente na praça principal e num espaço de fácil acesso ao público. Era ali o fórum da vida comunal dos vizinhos, desde que aos concelhos foi permitido nos fins do século XII, erigirem tais monumentos. A sua principal função era penal, jurisdicional e publicitária.
Apresentação do retábulo de S. Tomás Canturiensis na Igreja Matriz de Tancos
Entretanto no próximo dia 19 de julho, pelas 17h, terá lugar a cerimónia de apresentação da recuperação do retábulo de S. Tomás Canturiensis, na Igreja Matriz de Tancos.
O programa conta com a intervenção do Padre Paulo Marques, que irá apresentar imagens do antigo retábulo e descrever os principais atos da intervenção de restauro, e do historiador e investigador Rui Manuel Mesquita Mendes, que farão uma contextualização histórica da Igreja Matriz de Tancos e do seu retábulo dedicado a S. Tomás de Cantuária. A sessão culmina com um momento musical.
Esta iniciativa representa um importante contributo para a valorização do património religioso e cultural da freguesia de Tancos, reforçando o compromisso das entidades envolvidas com a preservação da memória local.
Refira-se que, a Igreja Matriz de Tancos, recentemente intervencionada no seu telhado, pintura exterior e altar-mor, foi construída no século XVI, possuindo uma ampla abóbada de caixotões e azulejos do século XVII e retábulo de talha maneirista, enquadrando pinturas da época. Enquadra-se num cenário de encanto, tendo o Tejo e o Castelo de Almourol como “pano de fundo”. É monumento considerado de interesse público.