Aldeia de Queixoperra tem um miradouro sui generis

No concelho de Mação.

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A pequena aldeia de Queixoperra, no concelho de Mação, colocou num planalto sobranceiro ao povoado um  miradouro sui generis. Instalou uma porta, que se abre para o casario, num sinal claro que quer dizer: bem-receber. A história é contada no site da Antena Livre.

E adianta que é assim que funciona a Queixoperra. Tem cerca de 180 habitantes e faz fronteira com Abrantes e com o Sardoal. Os habitantes continuam a queixar-se de que as comunicações, nos nossos dias, rede móvel, não existem, mas quando é preciso metem mãos à obra e unem-se em prol da comunidade, da terra.

Ainda antes das Rotas de Mação terem sido criadas formalmente, já Queixoperra tinha uma rota desenhada à volta da aldeia para permitir umas passeatas a quem gosta de andar na natureza. E já tinha identificado alguns pontos de interesse, de observação ou de recordação da vida de outros tempos, onde existe um verdadeiro «museu» a céu aberto.

Em 2021, após meses de trabalho, o roteiro de Queixoperra ganhou um outro atrativo. A zona, da Ribeira do Rio Frio com cascatas de água no meio das rochas, uma ponte de pedra, uma azenha, e depois toda a recuperação feita para trazer ao presente a vida de meados do século passado.

Agora, os habitantes da aldeia, voltaram às imediações do povoado e descobriram um planalto sobranceiro a Queixoperra, onde se pode ver o círculo das casas. Depois alguém teve a ideia de ali colocar uma porta a sinalizar o miradouro.

Diz Vasco Marques, um dos elementos da direção da Associação Cultural e Desportiva de Queixoperra, que esta é mais uma forma de surpreender todos os que fazem o percurso da rota. Que esse é o objetivo. Que as pessoas façam a caminhada, mas sejam surpreendidos com pontos de atração, porque fazer a rota não é uma corrida, é poder desfrutar do que a natureza oferece e, depois, do que surge como ponto de atração.

A instalação, batizada de “Porta da Aldeia” foi colocada junto ao Miradouro do Cuco, um dos pontos de paragem assinalados no trilho PR5 das Rotas de Mação e assume-se como um símbolo da hospitalidade e do espírito comunitário da terra.

A porta ali colocada, explicou o dirigente, tem duas leituras. Primeiro é uma porta que se abre e permite observar, como miradouro, o casario. Depois, porque é um sinal dos habitantes de que o bem-receber na aldeia faz parte da vida destas gentes. Ao abrir a porta do miradouro está a entrar na vida da aldeia.

E quando questionado sobre a cor azul da porta, Vasco Marques diz que foi a opção natural, porque era a cor das tradicionais portas do casario. Hoje é diferente, há outras opções arquitetónicas, mas noutros tempos era a cor mais usual..

Fonte e fotos: Antena Livre

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