500.º Aniversário da Apresentação da “Farsa de Inês Pereira” de Gil Vicente em Tomar
Corria o ano de 1523 quando Gil Vicente levou pela primeira vez à cena o “Auto de Inês Pereira”, representando-o, então, para o “muyto alto, i mui poderoso i Rey dom Joam o terceyro no seu convento de Tomar”.
Passados exatamente 500 anos, Débora Pax apresenta INÊS FARSOLA, a insígnia de um conjunto de trabalhos relacionados com aquela “farsa de folgar”, em que apreende e interpreta momentos-chave do trama intemporal de Gil Vicente.
Trata-se da conjunção de um fragmentário em que, personagens e circunstâncias do enredo, se apresentam indelevelmente reflexivas da cronologia da produção do acervo, iniciada há mais de oito anos. Daí que, quer o fácies dos personagens, quer o próprio estilo criativo adoptado, ou os enquadramentos – de que se não afasta a forma mordaz e divertida – acabem por reflectir a inspiração e (até) o estado de espírito da autora, a cada momento criativo.
O surpreendente resultado final, mostra-se liberto de amarras imagéticas e temporais, traduzindo-se numa interpretação livre, sensitiva e vibrante em que se denuncia a paixão da artista plástica pelo génio de Gil Vicente, em especial pela “Farsa de Inês Pereira”.
Sempre sem mácula do propósito original…
Esta exposição tem o Alto Patrocínio do Presidente da República e após a inauguração e mostra em Tomar, vai estar patente na Assembleia da República de 25 de outubro até meados de novembro. Segue depois em itinerância, para outros pontos do país.
Fonte: CMT