Feira Nacional do Cavalo: Cartaz da edição 2025 homenageia Mestre Nuno de Oliveira
É um dos principais embaixadores do Cavalo Lusitano e da Equitação Portuguesa.
O Cartaz da XLIX Feira Nacional do Cavalo, XXVI Feira Internacional do Cavalo Lusitano e Feira de São Martinho desde 1571, tem como protagonista Mestre Nuno de Oliveira, montando Euclides, cavalo com ferro do Eng.° Fernando Sommer d’Andrade.
Pode ler-se na informação oficial do município, que a Direção da Feira Nacional do Cavalo e a Câmara Municipal da Golegã, pretendem assinalar o papel de Mestre Nuno de Oliveira como um dos principais embaixadores do Cavalo Lusitano e da Equitação Portuguesa, após o reconhecimento desta como Património Cultural Imaterial da Humanidade, pela UNESCO.
O reconhecimento da Equitação Portuguesa como Património Cultural Imaterial da Humanidade, resultou de uma candidatura realizada em conjunto pela Câmara Municipal da Golegã, pela Escola Portuguesa de Arte Equestre e pela Associação Portuguesa de Criadores do Cavalo Puro-Sangue Lusitano.
A Feira Nacional do Cavalo decorre entre 7 a 16 de novembro de 2025, na vila pitoresca da Golegã.
Quem foi Mestre Nuno Oliveira?
Nuno Oliveira (1925–1989) foi um mestre português de equitação clássica, amplamente reconhecido como um dos maiores cavaleiros e instrutores do século XX.
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Nasceu em Lisboa e dedicou toda a vida ao estudo e ensino da equitação, especialmente inspirado pela tradição da Escola de Versalhes e dos grandes mestres franceses (como François Robichon de La Guérinière e François Baucher).
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Ficou conhecido pela sua sensibilidade, leveza e elegância no trabalho com cavalos, defendendo sempre a harmonia entre cavaleiro e animal, sem recorrer à força ou violência.
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Escreveu vários livros importantes, traduzidos em várias línguas, como «Reflexões sobre a Arte Equestre e Método de Equitação».
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Deu clínicas (equestres) e demonstrações em diversos países, conquistando grande prestígio internacional.
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É visto como uma espécie de “guardião” da tradição clássica da equitação, numa época em que o desporto equestre se modernizava e, muitas vezes, se afastava daquilo que ele considerava ser a verdadeira arte equestre.