Câmara de Tomar vai tornar visitável os genuínos “Lagares D’El Rei” na Levada em Tomar

A Empreitada tem por base o preço de um milhão e 200 mil euros

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A Câmara de Tomar vai votar na próxima segunda feira, dia 16 de agosto, a proposta da Presidente que prevê dar início ao procedimento de contratação da empreitada de construção do edifício E07 do Complexo cultural e Museu da Levada, com o preço base de 1.200.000,00€ (um milhão, duzentos mil euros).

A proposta de deliberação prevê ainda aprovar a realização do concurso público sem publicação de anúncio no JOUE e as peças do procedimento; nomear o júri e respetivo secretário; delegar competências no júri para a condução do procedimento, designadamente no que se refere aos esclarecimentos necessários à boa compreensão e interpretação das peças e à análise da(s) lista(s) de erros e omissões das peças do procedimento identificados pelos interessados.

O edifício E07 do Complexo cultural e Museu da Levada inclui o espaço que se encontra a descoberto, entre os edifícios da sala multiusos e o edifício da central elétrica, onde se encontra a maior parte dos genuínos “Lagares d’el Rei” na Levada em Tomar, que foram revelados através das escavações arqueológicas, e posteriormente cobertos com areia durante as obras que já se encontram concluídas. As pesquisas arqueológicas feitas anteriormente revelaram, segundo os investigadores, o maior conjunto industrial de produção de azeite dos séculos XVII e XVIII na Península Ibérica. Foram identificadas 13 prensas alinhadas em duas baterias restando ainda no local 12 alguergues (pedra grande e redonda com uma calha em toda a volta sobre a qual se espremem as seiras) com as respetivas talhas em barro (tarefas).

A Câmara de Tomar  pretende agora, avançar com a empreitada para a construção do edifício e colocar visível e acessível ao público este património, que deu nome, durante largas dezenas de anos (Lagares D’ El Rei) ao conjunto de edifícios à beira rio.

A museóloga Graça Filipe que trabalhou na musealização do espaço, mas que já anteriormente tinha sido consultora ndste projeto, referiu na altura (em 2014), que “o Projecto do Museu da Levada de Tomar visa o processo de salvaguarda de um importante conjunto patrimonial – imóvel e integrado – que desde há muito tempo é objecto de reconhecimento e de apropriação, tanto pela população local, quanto pela comunidade científica.”
Numa intervenção realizada nas Jornadas de Arqueologia Industrial, Graça Filipe disse que “este Projecto da Câmara Municipal de Tomar passa pela reabilitação e valorização arquitectónica e pela programação de novos usos – de âmbitos científico, cultural e turístico – de patrimónios indissociáveis do rio Nabão e das estruturas hidráulicas do Açude dos Frades e da Levada de Tomar – patrimónios arqueológico, imóvel, integrado e móvel”.

Acrescentou a especialista que “a musealização do complexo patrimonial (identificado através de valores e interesses múltiplos, nomeadamente de carácter histórico, arquitectónico, técnico e industrial), visa conferir-lhe sustentabilidade e fazê-lo adquirir novos significados, embebendo o futuro Museu da Levada de Tomar e o centro histórico (de que faz parte) na dinâmica territorial e na vida dos habitantes da cidade.”

 

 

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