Carreira rápida diária de Cernache a Lisboa acaba por falta de rentabilidade

E com tristeza que Sónia Martins comunica que o projecto, em que se envolveram, de ter uma carreira rápida diária de “elevada qualidade” entre Cernache e Lisboa, com passagem por Sertã, Vila de Rei, Ferreira do Zêzere e Tomar tem que terminar por falta de rentabilidade.

Os Proprietários da Portugal Bus, sediada na Sertã, referem: “sem apoios que solicitámos às autarquias, de colocarem publicidade a este meio de transporte, por dia fazia 400 Km, nos eventos dos seus concelhos, a rentabilidade da exploração dos bilhetes não dá. As Câmaras e a CIM Médio Tejo nem sequer responderam aos mails,, assim não podemos fazer serviço público social.

Só podemos transportar, devido às contingências 14 passageiros, cada viagem a Lisboa de ida e volta custa 75 euros de combustível e 36 euros de portagens. Ninguém ajudou. Somos uma empresa privada, o transporte fazia falta, mas há dias com poucos passageiros e retornos vazios. Em duas semanas perdemos 2 mil euros na exploração, operávamos no setor do turismo e transporte ocasional de passageiros, fomos apanhados pela pandemia e sempre pensámos que esta linha, que faz muita falta, tivesse algum apoio publicitário das Câmaras dos concelhos que servimos, tal não se verificou.

Nós não podemos fazer serviço social. Os utentes achavam que o transporte era de excelência, havia pedidos de paragens extra, mas a linha não tem passageiros que a usem diariamente de forma rentável, com os preços que praticávamos, só seria possível com o apoio publicitário nos autocarros, colocado e pago pelas autarquias, seria uma forma de ajudar a ter, este serviço ao dispor dos seus residentes”, concluem.

Agradecem todo o apoio dos jornais na divulgação deste serviço, mas não podem continuar a perder dinheiro em cada viagem, excepto, quando lotamos ao máximo permitido o autocarro”

António Freitas