O suicídio é a terceira causa de morte na região do Médio Tejo

Uma reflexão pessoal que possa ajudar a acordar consciências.

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A propósito de um caso de suicídio que ocorreu, ontem em Tomar, sinto que devo partilhar este artigo de opinião.

O suicídio é a terceira causa de morte na região do Médio Tejo de acordo com um estudo apresentado pela ULS do Médio Tejo, em fevereiro último.

Nesse estudo foram apresentados os cinco maiores problemas da região que são o cancro da traqueia, brônquios e pulmão, as doenças cerebrovasculares, o suicídio, o cancro de mama e os acidentes de viação são os cinco maiores problemas da região, em termos de saúde.

O “Plano Local de Saúde 2024-2030” (PLS 2024-30), que foi apresentado em Tomar, na sede da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, reuniu figuras-chave da região, incluindo autarcas, parceiros da ULS, profissionais de saúde e outros intervenientes com responsabilidades na promoção da saúde.

Este plano estratégico, foi apresentado como pioneiro na região e o primeiro a ser aprovado em toda a região de Lisboa e Vale do Tejo após a reforma organizacional do SNS de 2024, e tinha como objetivos orientar a ação e apoiar a tomada de decisão no setor da saúde.

Afirmaram ainda que, o referido plano, previa a definição de planos de ação específicos, que iriam envolver a promoção da saúde, a prevenção da doença, o tratamento e a reabilitação e, também a investigação.

Mas até ao momento não se conhece quaisquer ações ou campanhas no sentido da implementação do referido plano, apesar de sabermos que o mesmo seria de forma faseado.

Não querendo ser injusta, registo com agrado a construção em curso de uma unidade de pedopsiquiatria em Tomar e a valência de psiquiatria do Hospital de Tomar que realiza um excelente trabalho com os seus utentes. Mas o problema é quem sofre desta doença (para muitos ainda tabu ou motivo de vergonha), é chegar a estes serviços, ou por resistência dos próprios ou por desconhecimento, não procuram o devido apoio médico.

Sobre esta terceira causa de morte, ela é transversal a todas as classes sociais e níveis etários, há falta de uma aposta forte na prevenção desta doença do foro psíquico (quem se suicida está em profundo sofrimento, na maioria das vezes de forma silenciosa, dever-se-ia também estudar quais os fatores de ordem biológica e social que colocam a região do Médio Tejo no topo das regiões com maior número de casos.

Aqui deixo, desta forma a minha reflexão, e que a mesma possa ajudar a acordar consciências, porque situações destas podem bater-nos à porta, seja com familiares vizinhos ou amigos. Deixo também um profundo sentimento de compaixão por todos aqueles que sofrem desta doença silenciosa.

Isabel Miliciano

 

 

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1 comentário
  1. Billy4304 Diz

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