Projetos sem execução

Por: Alexandre Horta

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Com o aproximar da data das eleições, os autarcas no poder tentam mostrar obra feita, por forma a convencerem os eleitores de que são a melhor opção para o futuro. Em minha opinião esta não a melhor forma de atuar, mas é admissível achar que esta atitude é natural. Até porque a espectativa que a opinião pública coloca na atuação de quem governa assim o obriga.
O que não me parece normal é que se apresentem projetos de futuras obras, sem um horizonte temporal para a sua execução, definido e comprometido. Por outro lado, existem projetos onde é colocada em evidência a sua importância e necessidade premente, mas estranha-se que tenham ficado esquecidos durante anos.
Em Tomar, nas últimas semanas, temos assistido ao anúncio de projetos de algumas obras, por parte do município, que se enquadram daquilo que acabei de referir.
O primeiro exemplo que identifico é o projeto de requalificação da EN110 na zona de Carvalhos de Figueiredo, com investimento previsto de nove milhões de euros. Obra reclamada, legitimamente, há cerca de quarenta anos, por uma população que já assistiu e sofreu inúmeros acidentes ao longo de demasiado tempo.
Na apresentação o sr. presidente da câmara enalteceu todos os aspetos positivos da obra, mas não se quis comprometer com qualquer prazo para a sua execução. Esta posição deu a entender a todos aqueles que assistiram, que “a montanha vai parir um rato” e que ainda têm que esperar mais uns anos pela sua execução.
O segundo exemplo é o anúncio do projeto de requalificação dos arruamentos do centro histórico, “que visa melhorar a acessibilidade e a segurança pedonal bem como viária através de pavimentos mais adequados e confortáveis a cada uma das diversas funções, promovendo a valorização do património histórico que o caracteriza, bem como a substituição de infraestruturas, redes de drenagens domésticas e pluviais, abastecimento de águas, eletricidade e telecomunicações”,
assim foi anunciado.
Nada mais justo, mas só agora se lembraram da importância desta intervenção?
Alguns recordar-se-ão que as obras de requalificação do centro histórico de Tomar tiveram o seu início na vigência da governação PSD. Obras estruturantes para aquela zona da cidade, com muitos constrangimentos para os moradores e que, sendo em grande medida ao nível do subsolo nunca foram, infelizmente, devidamente valorizadas.
Em 2013, com a governação PS iniciada, as prioridades foram outras, com a ênfase colocada na obra visível, em eventos e propaganda.
Agora em 2024, no final do seu terceiro mandato, a gestão PS, finalmente despertou para um tema que tinha propositadamente mantido na gaveta e que podia e devia estar terminado há vários anos.
Mas atenção, não se criem falsas espectativas, ainda é só o projeto.

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