Incongruências do sistema que coordena o socorro dos bombeiros à população
Aconteceu em Tomar, a 50 metros do quartel dos bombeiros.
A vereadora Lurdes Fernandes do PSD, expôs na reunião do executivo tomarense de hoje, que decorreu no Salão Nobre dos Paços do concelho, a situação que ocorreu há dias, em Tomar, a cerca de 50 metros do quartel da Corporação dos Bombeiros de Tomar. Um cidadão sentiu-se mal, na via pública, ligaram a pedir ajuda para os Bombeiros (112), mas o socorro só chegou cerca de meia hora depois, com uma equipa e ambulância de Ferreira do Zêzere.
A vereadora inquiriu o presidente sobre a razão pela qual foram os bombeiros de Ferreira do Zêzere e não os de Tomar a prestarem auxílio, uma vez que a ocorrência se registou a cerca de 50 metros do quartel dos bombeiros de Tomar.
O Presidente da Câmara explicou que os pedidos e o respetivo socorro é recebido no CDOS da Região (Comandos Distritais de Operações de Socorro), instalado em Almeirim, e é este serviço que comanda o envio do socorro. Não se deve à falta de meios dos Bombeiros de Tomar, que o autarca garante, que tudo tem feito para o apoio à corporação, desde formação ao equipamento. Muitas das vezes as ambulâncias que deviam estar disponíveis para o socorro a acidentes ou outras ocorrências graves, andam a fazer o transporte de doentes não graves. Serviço, que felizmente já começa a ser feito por empresas privadas, ainda há poucos dias foi inaugurada, no concelho de Tomar, mais uma empresa deste setor.
Este caso fez-nos recordar outra situação, a de um homem que sentiu-se mal (teve sintomas compatíveis com um AVC) à porta de um hospital e foi socorrido pelo INEM. O hospital alegou que, por ser fora do espaço hospitalar, não podia atender o homem, e ele teve que aguardar pela chegada da ambulância do INEM. O incidente ocorreu à porta do Hospital do Espírito Santo, em Évora, e foi notícia a nível nacional.
Isabel Miliciano