Alviobeira assinala os 162 anos do nascimento do General Bernardo Faria e Silva

Alviobeira - Tomar, na sua terra natal.

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Neste mês (dia 12 de janeiro de 2025) assinalam-se os 162 anos do General Bernardo de Faria e Silva, figura incontornável do panorama histórico e militar português, e na I Grande Guerra em La Lys,  nascido na Aldeia de Alviobeira, na agora  Freguesia de Casais e Alviobeira, no Concelho de Tomar.
O Museu Rural e Etnográfico de Alviobeira, um projeto de museologia e comunidade do RFEA (Rancho Folclórico e Etnográfico de Alviobeira), está a organizar uma Tertúlia Comemorativa, de modo a enaltecer esta personalidade de prestígio intelectual e relevo local, proveniente do quadro histórico tomarense.
Por esse motivo, são convidados todos os que queiram assistir numa Tertúlia, que terá lugar no domingo, dia 19 de janeiro, às 15h30, no CRCA (Centro Recreativo e Cultural de Alviobeira), Rua da Escola, Alviobeira.
Com esta Tertúlia Solene o MREA pretende:
  • Divulgar e educar o público infanto-juvenil sobre a vida e feitos desta nobre personalidade.
  • Explicitar e ilustrar a forma como o Museu Militar de Lisboa retrata e preserva a memória do General Bernardo de Faria e Silva.
  • Honrar o seu legado e destacar os seus valores.
Relembrar e aprofundar, perante a comunidade local e o público de idade avançada, a história desta ilustre figura. Registe-se que a população de Alviobeira pouco sabia do valor deste militar da I Grande Guerra, até que o tenente-coronel – Hélder Henriques ( hoje vereador da Câmara de Tomar)  na altura colocado no Museu Militar em Lisboa fez um levantamento exaustivo da folha de serviços do general e o Rancho promoveu mesmo na Escola Primária uma exposição. Na exposição nacional no Centenário da I Grande Guerra em 2014, a exposição itinerante pouco revelou sobre este militar e pelo comandante do CEP – General Fernando Tamagnini de Abreu, ilustre tomarense e a Câmara de Tomar passou-lhe ao lado a efeméride, facto que não aconteceu em dezenas de concelhos deste país.  O General Bernardo Faria e Silva é um dos militares mais condecorados do Exército Português – Foi distinguido com os graus de Grande Oficial da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito (1920); Grande Oficial da Ordem Militar de Cristo (1919); Cavaleiro (1897), Oficial (1907), Grande Oficial (1919) e Grã-Cruz da Real Ordem Militar de S. Bento de Avis (1920); Grande Oficial da Legião de Honra de França (1919); The Commander of the Bath (condecoração imposta por Sua Majestade o Rei Jorge V de Inglaterra – Fevereiro de 1919) e Distinguished Service Order ( Grã- Bretanha – Maio de 1918, isto é, em plena guerra); Grã-Cruz da Ordem de Mérito Militar de Espanha.
Foi ainda condecorado com as Medalhas Militares de Ouro (1919) e de Prata (1919), da Classe de Bons Serviços; Medalhas Militares de Prata (1902) e de Ouro (1917), da Classe de Comportamento Exemplar; Medalha Comemorativa do CEP com a legenda “França 1917-1918”; e a Medalha de 2ª Classe da “Solidariedade” do Panamá (1920). Do seu registo disciplinar contam-se inúmeros louvores concedidos pelos comandantes da Escola Prática de Artilharia, da Escola de Tiro de Artilharia e dos Regimentos onde serviu, pelo Director da Arma de Artilharia, pelo Ministro da Guerra, por sua Majestade El-rei D. Carlos I, e em campanha. Registe-se que numa das crises governativas de 1925, chegou a ser convidado pelo Presidente da República, Manuel Teixeira Gomes, para a chefia do Governo, mas as condições que pôs para formar governo não foram aceites pelo poder político.
António Freitas
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