BE exige “Conclusão do IC3 e construção da nova ponte sobre o Tejo, entre a Chamusca e a Golegã”
Projeto Resolução apresentado na Assembleia da República por esta força partidária.
Os Deputados do Bloco de Esquerda, Marisa Matias; Fabian Figueiredo; Joana Mortágua; José Soeiro e Mariana Mortágua apresentaram um projeto resolução no Parlamento, onde propõem que Assembleia da República recomende ao Governo que “Tome as diligências necessárias para a conclusão da construção dos troços em falta do designado IC3; Atribua prioridade nos investimentos da empresa pública Infraestruturas de Portugal, S. A., à construção de uma nova travessia do rio Tejo, entre a Chamusca e a Golegã”.
Para o BE, a interrupção do IC3 nas regiões da Lezíria do Tejo e do Médio Tejo tem adiado o potencial desta via como estruturante do desenvolvimento económico na ligação entre os distritos de Coimbra, Santarém e Setúbal. A descontinuidade desta via rodoviária tem fortes implicações negativas na captação de investimentos, no desenvolvimento empresarial, na criação de postos de trabalho e na fixação de população na região, em particular nos concelhos de Almeirim, Alpiarça, Chamusca, Golegã, Barquinha e Constância.
Consideram ainda os deputados bloquistas, que o caráter estruturante da conclusão do IC3 é notório nas referências que constam de diversos documentos oficiais, dos quais se destacam o Plano Rodoviário Nacional (PRRN/2020), o Plano Nacional de Investimentos (PNI/2030), o Plano Estratégico de Transportes e Infraestruturas (PETI30) e o Plano Regional de Ordenamento do Território/oeste e Vale do Tejo (PROT-OVT).
Os sucessivos adiamentos da conclusão do IC3 resultam também no congestionamento das estradas nacionais e na atrofia do trânsito na Ponte da Chamusca. A ponte João Joaquim Isidro dos Reis, troço da Estrada Nacional 243, é a estrutura de ferro de 756 metros que desde 1909 faz a ligação, sobre o rio Tejo, entre a Chamusca e a Golegã. A falta de alternativa rodoviária tem criado graves problemas de trânsito e de segurança, nomeadamente pela impossibilidade de cruzamento de dois pesados na ponte. Ao longo dos anos, quer ao nível das autarquias locais, quer ao nível do parlamento tem havido várias tomadas de posição para que este problema se resolva.