Futuro dos trabalhadores da Central do Pego preocupa Secretariado Distrital do PS

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A situação é especialmente grave na medida em que não está definido ainda o destino a dar a esta infraestrutura. Em cima da mesa está a possibilidade de reconversão para central de biomassa, aproveitando os resíduos florestais. Outras soluções estão também a ser equacionadas, mas esta seria a única forma de garantir a continuidade laboral no imediato assegurando a manutenção dos postos de trabalho. Esta solução permitiria à Central do Pego a reconversão para uma fonte de energia limpa, preservando o seu papel como importante pólo de produção de energia elétrica.

O presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, também já veio alertar publicamente para esta situação lembrando que estão em causa entre 70 a 80 postos de trabalho das quatro empresas prestadoras de serviços e outros tantos da PEGOP, a empresa responsável pela operação e manutenção da central, o que tem impacto em inúmeras famílias não só de Abrantes, mas de toda a região.

A central do Pego será a última central a carvão a fechar portas em Portugal, depois de Sines, que encerrou no início do ano, no âmbito da estratégia de descarbonização apresentada por Portugal, a cumprir faseadamente até 2050, mas será importante planear a reconversão daquela infraestrutura atendendo ao impacto que terá em termos sociais.

Será muito negativo se existir um desfasamento entre o fecho da central e o início de um novo projeto já que aquela infraestrutura, pelo número de postos de trabalho que envolve, tem um grande peso em termos económicos e sociais para a região do Médio Tejo.

A transição energética, como enfatiza a Comissão Europeia, deve acontecer de forma socialmente justa não deixando para trás os trabalhadores dos setores em transição. É preciso garantir oportunidades de requalificação profissional e emprego. Por isso mesmo a Comissão Europeia criou uma ferramenta específica, o Mecanismo para uma Transição Justa, que visa garantir que a descarbonização se materializará de modo equilibrado. Até 2027 serão disponibilizados entre 65 a 75 mil milhões de euros para aliviar o impacto da descarbonização nos países mais afetados.

Por tudo isto o Secretariado Distrital de Santarém do PS apela ao Governo, em particular ao Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, e ao secretário do Estado Adjunto e da Energia, João Galamba, a melhor atenção para este assunto, nomeadamente no que toca à salvaguarda da situação destes trabalhadores, refere o secretariado distrital do PS numa nota de imprensa.

 

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