Há património que devia regressar a Tomar

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Ontem, dia 2 de janeiro, foi Dia de S. Gregório de Nazianzo, lembrado pelo nosso amigo João Filipe na sua página do facebook. Adiantou ainda que a mão direita de S. Gregório de Nazianzo esteve em Tomar durante muitos anos, na Igreja de Santa Maria dos Olivais.
O livro editado há 260 anos, “Cuidados da Morte e Descuidos da Vida representados na vida dos santos, e santas…” Primeiro Tomo, 1761 faz referência ao braço direito de Gregório de Nazianzo que foi trazido de Afcalon (Palestina) para Tomar por Gualdim Pais.
Ficou durante 367 anos na Igreja de Santa Maria dos Olivais em Tomar. Em 1535 foi levado para o Convento de Cristo em Tomar. Atualmente está no museu da Sé de Lisboa.
Gregório, bispo de Sásima, depois bispo de Constantinopla, finalmente bispo de Nazianzo, também na atual Turquia, defendeu com grande ardor a divindade do Verbo, pelo que foi também chamado o Teólogo.
Uma das fotos é a do relicário da “Mão de S. Gregório Nazianzo” supostamente trazido por Gualdim Pais da Palestina, aquando da sua participação nas Cruzadas.
Lamento que peças desta natureza histórica saiam de Tomar e nunca mais voltem. Seria um aspecto de grande relevo que poderia acrescentar uma mais-valia à Igreja de Santa Maria dos Olivais para além da sua importância histórica.
Provavelmente são «tesouros» que pertencem à Igreja Católica, mas os fiéis e os paroquianos de Tomar, e o próprio poder local que muitas das vezes é chamado a custear as obras de restauro das igrejas, como foi o caso da Igreja de São João Baptista (monumento nacional e que está ao serviço da Igreja para a realização do culto), deveriam envidar todos os esforços para que esta peça regressasse ao local que lhe é devido – Tomar.
Se uma peça histórica esteve em Tomar 367 anos, é pertença desta terra, é património que é de todos os tomarenses.
Infelizmente, muitas peças saíram de Tomar (como vários achados arqueológicos), e que foram para exposições nacionais e outras que ficaram à guarda de entidades oficiais, e que nunca mais regressaram a Tomar.
Perde Tomar, perdemos todos!
O desafio está lançado!
Isabel Miliciano

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