Mário Viegas homenageado em Santarém por altura dos 75 anos do seu nascimento

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Na oportunidade dos 75 anos de nascimento de Mário Viegas, o Município de Santarém, o Círculo Cultural Scalabitano, a Comissão das Comemorações Populares do 25 de Abril, a Família de Mário Viegas e a Tradisom realizam uma cerimónia no próximo dia 15 de dezembro, no Teatro Taborda/Círculo Cultural Scalabitano, para assinalar o nascimento desta figura ilustre da cultura portuguesa.

A cerimónia terá o seguinte programa:

17h30 – Homenagem do Círculo Cultural Scalabitano a “Mário Viegas”, ilustre Amigo” com a presença de João Soares e Júlio Isidro.

18h30 – Apresentação do Livro “Mário Viegas – Auto-Photo Biografia (não autorizada)”, com José Carlos Alvarez e Hélia Viegas.

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Durante a sessão haverá apontamentos artísticos por parte do Veto-Teatro Oficina, da Academia de Dança e do Coro do Círculo Cultural Scalabitano.

Quem foi Mário Viegas:

Ao longo de 32 anos de carreira, Mário Viegas foi ator, declamador, encenador e diretor de companhia, porque como o próprio escreveu «Desde que me conheço, tive sempre um Sonho na minha vida: fazer Teatro!». António Mário Lopes Pereira Viegas (Santarém/10.11.1948 — 01.04.1996/Lisboa) estreou-se aos 17 anos no Círculo Cultural Scalabitano em Trágico à Força de Tchecov (1965) e, seguiu para o Teatro Universitário de Lisboa (1967), o Teatro Experimental de Cascais (1968; 1970), o Teatro Universitário do Porto (1969) e o Novo Grupo (1971).

Em 1974, foi um dos fundadores do Grupo de Teatro Feira da Ladra, e em 1980, com Maria do Céu Guerra, foi a vez de erguerem A Barraca, para em 1990, a 1 de novembro, com Juvenal Garcês, inaugurar a «sua» Companhia Teatral do Chiado.

Ele que fora proibido pela PIDE de recitar poesia, gravou desde os seus 21 anos um total de 14 discos com poemas e, criou um estilo muito próprio de dizer e trazer a poesia para junto do público. Neste capítulo, acentuou-se a sua popularidade com os seus programas de poesia na televisão –  Palavras Ditas (que começou por ser uma rubrica de rádio)em 1984 e Palavras Vivas (1991) – e de tal forma que deixou na memória dos portugueses o «Manifesto Anti-Dantas» de Almada Negreiros, dito por ele, pim!

Ainda em televisão destaque-se o seu papel no programa para jovens Peço a Palavra e  a sua interpretação em mímica no Filmezinho do Sam (1988), para além da sua participação em séries televisivas como D. João VI (1979) ou Napoléon et l’Europe (1990).

Recorde-se ainda o trabalho frequente de Mário Viegas no cinema português, em cerca de uma vintena de filmes, nomeadamente em O Funeral do Patrão (1975) de Eduardo Geada,  O Rei das Berlengas (1978) de Artur Semedo – sendo ele argumentista – e que lhe valeu o Prémio Melhor Ator Humorístico no Festival Europeu de Cinema da Corunha, Kilas, o Mau da Fita (1980) de Fonseca e Costa, tal como em Sem Sombra de Pecado (1983), A Mulher do Próximo (1988) e Os Cornos de Cronos (1991), A Divina Comédia (1991) de Manoel de Oliveira e Afirma Pereira (1995) de Roberto Faenza.

Mário Viegas foi ainda colaborador regular do Diário Económico para onde escreveu artigos humorísticos e sobre teatro e, que criou um one-man-show intitulado Europa Não!Portugal Nunca!! , com o formato de conferência de imprensa, espelhando as suas preocupações políticas e a defesa da cultura portuguesa que fazia. Homem inserido no seu tempo e preocupado com o estado geral do país pegou aliás nesta sua conferência teatralizada e acabou por formalizar uma candidatura à Presidência da República  (1995) com o slogan «O Sonho ao Poder!», no mesmo ano em que foi candidato independente da UDP às eleições legislativas e, lançou a sua Auto-Photo-Biografia (não autorizada), onde cita como mestres Luiz Pacheco e Mário Alberto.

https://toponimialisboa.wordpress.com

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