Dia 19 de outubro, Dia Europeu dos Caminhos de Santiago, ficará marcado para a Asseiceira, como o dia em que os peregrinos do Caminho Português de Santiago passaram a ter um albergue, onde podem descansar e pernoitar.
Este equipamento, «batizado» Albergue de D. Diniz, funciona numa das salas da antiga escola primária (que se encontrava desativada), vem confirmar os objetivos que norteiam esta junta, no sentido de recuperar o seu património edificado à semelhança do que tem vindo acontecer, com os cemitérios, o edifício da antiga junta, que foi transformado em Centro Cultural e Loja do Cidadão.
Carlos Rodrigues, presidente da Junta de Freguesia, explicou o processo para a criação deste albergue, “a antiga escola primária de Asseiceira, é um equipamento do Município de Tomar, que foi cedido através de um contrato de comodato, por um período de 8 anos”, considerando assim, haver uma parceria com o município para este fim.
Quanto ao investimento, Carlos Rodrigues disse que, as obras realizadas para a concretização deste projeto, foram suportadas, na íntegra, pela Junta de Freguesia, no total de 12 mil euros, não tendo sido contabilizada a mão de obra, sendo por isso o investimento muito superior.
O Albergue D. Dinis, dispõe de dois quartos com um total de cinco camas, duas casas de banho, uma salinha (que era a sala de aula, onde deixaram o quadro) e uma cozinha equipada com frigorífico e microondas.
Segundo Carlos Rodrigues, a Junta de Freguesia contactou a «Associação de Peregrinos Via Lusitana» tendo efetuado uma visita à sua sede para se inteirar das necessidades dos peregrinos nesta área.
Referiu que a obra foi realizada à medida da capacidade financeira da Junta de Freguesia e das disponibilidades em termos de recursos humanos, tendo permitido realizar a obra com algum gosto e qualidade.
Terminou referindo que, “o albergue seja uma referência e também um tributo às pessoas da terra, que ali estudaram, que saibam que a escola está hoje aberta ao mundo, que o nome de Asseiceira possa ser promovido dentro de fronteiras e fora delas”.
Para este autarca, a utilização dos antigos edifícios das escolas primárias, muitas ainda encerradas, que sejam cedidas, acreditando que a sua utilização será uma mais valia para o concelho.
Filipa Fernandes, em representação da Câmara de Tomar, congratulou-se pela fantástica moldura humana (dirigindo-se ao público presente), na inauguração deste albergue para peregrinos. Deu os parabéns a toda a equipa pelo projeto, salientou o significado especial da data da inauguração ocorrer no Dia Europeu dos Peregrinos. “É importante realçar que estamos a dar aos peregrinos que, passam por Tomar, condições também para pernoitar.
Temos uma enorme afluência de peregrinos, que nos visitam no posto de turismo (Tomar), também muitas das vezes à procura de locais onde podem ficar. É importante não só este albergue como aquele que vamos inaugurar, em breve, em Calvinos”.
Filipa Fernandes fez questão de frisar que os Templários, (Tomar é cidade Templária) foram defensores dos peregrinos, nós como tomarenses temos esta missão, a de ajudar, orientar e de os acolher. É por isso uma excelente iniciativa, transformar uma escola que, neste momento, era um edifício desaproveitado e proporcionar benefícios aos peregrinos que por aqui passam. Tomar está na direção da Federação Portuguesa dos Caminhos de Santiago, é para nós um dever, que Tomar seja um bom caminho”.
Nada diz no artigo mas eu gostava de saber custos de pernoita, quem faz a gestão e se tem banhos se podem fazer refeições e qual foi o investimento público na concorrência à iniciativa privada.