Festa dos Tabuleiros, vamos evoluir?

Por: Alexandre Horta

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No passado dia 19 de abril tivemos a excelente notícia da inscrição da festa dos Tabuleiros no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial. Destacando “a importância de que se reveste esta manifestação do património cultural imaterial enquanto reflexo da identidade da comunidade envolvente e os processos sociais e culturais nos quais teve origem e se desenvolveu a manifestação do património cultural imaterial na contemporaneidade”, assim referia o anúncio assinado pela Subdiretora-geral do Património Cultural.

Todos nós, tomarenses, esperamos que este seja apenas um passo para a candidatura e obtenção de outro título de maior relevo.

Mas, em minha opinião, muito trabalho ainda há a fazer.

Por estes dias, grande parte da população do concelho está envolvida na organização, preparação e execução dos trabalhos de construção dos tabuleiros, ornamentação das ruas e outras diversas tarefas. Todas elas importantes para que a festa seja, mais uma vez, um grandioso evento.

A partir do dia 11 de julho, a grande maioria dessas pessoas, que tanto se empenharam, vão deixar de pensar na festa. É legítimo, porque por esses dias, apesar do orgulho que todos sentiremos por mais uma festa cumprida, o desgaste será imenso. E todos se lembrarão que, em boa hora, alguém decidiu que a festa só se realiza de quatro em quatro anos.

 Mas a festa dos Tabuleiros não se pode esgotar no “ano da festa”.

Tomar tem que criar condições para a existência de uma estrutura que faça “sobreviver” a festa no intervalo desses quatros anos.

Um organismo em forma de associação, ou outra, que potencie os valores históricos da festa e que contribua, economicamente, para a sustentabilidade do evento.

Para que quem visite Tomar se possa deslocar a um espaço onde possa “ver” a festa e todos os valores culturais e tradicionais, por detrás deste costume com raízes seculares.

Que tenha uma estrutura dirigente representativa das forças do concelho intervenientes na festa, que sirva de base à eleição dos representantes da comissão das festividades seguintes.

Em minha opinião é esta vertente que falta à festa. Já temos outras como: notoriedade, tradição, orgulho e dedicação. Falta organização!

Será este o passo decisivo para que a Festa perdure do tempo e para que, finalmente, como tanto merece, seja reconhecida como Património Cultural e Imaterial da Humanidade.

 

 

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