O ruído visual de Tomar

Por: Alexandre Horta

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A sustentabilidade e o bem-estar das cidades são cada vez mais preocupação e fator diferenciador e de competitividade. Muitos são os desafios à gestão desses territórios. E um deles é sem dúvida o da diminuição do chamado ruído visual.

Por um lado, a proliferação de sinalização de trânsito, placas direcionais, propagandas, entre outros, que ocorre muitas vezes de forma excessiva e que poderá ter efeito contrário ao pretendido, causando perda do significado da mensagem.

Por outro, a excessiva instalação de cabos aéreos realizada, ao longo de décadas, pelos operadores de comunicações e energia, tem contribuído para uma crescente e evidente degradação do espaço urbano, dando por vezes a imagem de algum desleixo nos trabalhos realizados por essas entidades.

Por estas circunstâncias, os responsáveis pelo planeamento e ordenamento de uma cidade, têm que ter a preocupação em tornar o espaço urbano “legível” e aprazível. Evitando não só o excesso, mas também a descontinuidade e a falta de sinalização e fomentar a instalação de cabos subterrâneos, tornando assim a cidade menos ruidosa visualmente.

A cidade de Tomar, infelizmente, também sofre destes problemas.

No que se refere à sinalética, para muitos de nós que diariamente percorremos as artérias da cidade, por vezes é difícil apercebermo-nos das debilidades porque, instintivamente, conhecemos o território e abstraímo-nos de muitas situações. Mas se tivermos a preocupação, por exemplo, de tentar chegar a determinado destino seguindo a sinalização disponível, algumas das vezes esbarramos com a já referida falta ou descontinuidade.

Percorrendo também a cidade com essa mesma atenção, salta imediatamente à vista a grande quantidade de sinalética existente, muita dela naturalmente obrigatória, mas outra haverá que seria evitada.

O problema do excesso de cabos aéreos é mais preocupante no Centro Histórico, onde facilmente se poderão visualizar quilómetros, ao longo das paredes dos diversos edifícios.

Esta situação é cada vez mais motivo de preocupação em muitas cidades do nosso país e Tomar, com a sua forte vertente histórico cultural, não pode deixar de pensar na resolução deste problema que prejudica a sua imagem.

Por esta altura e, normalmente a cada quatro anos, quem atravessa Tomar vê que a cidade se está a aprimorar e engalanar para receber os muitos milhares que nos visitam durante a nossa Festa dos Tabuleiros.

Seria bom que esta “onda” fizesse pensar os responsáveis e que, não só para quem nos visita, mas principalmente para os tomarenses, a cidade se torne ainda mais agradável e cada vez mais motivo de orgulho.

Alexandre Horta

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