Tragédias humanas que nos deixam a pensar. O caso da Herdade da Galega na Chamusca

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A empresa proprietária da suinicultura na Chamusca onde morreu o conhecido empresário de Leiria Rui Cordeiro, o seu filho mais velho e um funcionário, a 1 de fevereiro de 2020, está a ser julgada no Tribunal de Santarém, adianta a rede regional.

Avança ainda que “A Sondazeite, nome da pecuária situada dentro do complexo turístico da Herdade da Galega, está acusada pelo Ministério Público (MP) de um crime de violação das regras de segurança, agravado pelo resultado morte.

O processo judicial está relacionado com o óbito de Bruno Rodrigues, o funcionário que morreu ao tentar desentupir uma fossa de escoamento de dejetos provenientes da suinicultura. Recorde-se que Rui Cordeiro e o seu filho Gonçalo perderam a vida minutos depois, ao tentar salvar o trabalhador, tendo o filho mais novo, Rafael Cordeiro, sido transportado ao Hospital de Santarém em estado crítico.

Segundo a Acusação do MP, a que a Rede Regional teve acesso, a empresa é arguida por não ter dado ao funcionário qualquer formação em segurança e saúde no trabalho, nem equipamentos de proteção individual.
Bruno Rodrigues, que estava ao serviço há 14 dias, morreu por afogamento na água do esgoto após ter desmaiado devido à intensa concentração de gás metano no fundo do poço, que tem 7 metros de profundidade por 2 de largura.

Para o MP, a Sondazeite, na pessoa do seu sócio gerente, Rui Cordeiro, deu instruções ao funcionário para proceder à limpeza do pavilhão da pecuária e da rede de esgotos, sem o informar dos perigos a que estava sujeito, uma conclusão que os arguidos desmentem.

A empresa pediu a abertura da Instrução contestando a Acusação do MP, baseada sobretudo no relatório que a Autoridade Para as Condições no Trabalho (ACT) fez do acidente, mas o juiz decidiu levar a Sondazeite a julgamento. chamusca herdade galega julgamento 02

O proprietário da Herdade da Galega, Rui Cordeiro, que tinha então 53 anos, era um conhecido empresário da zona de Leiria, que geria várias empresas e investimentos na região Centro e Oeste.
O filho que morreu no acidente, Gonçalo, de 30 anos, residia no Brasil, e estava em Portugal a passar férias.

No poço, o filho mais novo, Rafael, de 21 anos, sofreu também ferimentos graves e foi transportado ao hospital em estado muito grave, depois dos três homens terem tentado salvar o funcionário Bruno Rodrigues, que tinha 33 anos.

Aberta ao público em 2017, a Herdade da Galega era um grande empreendimento turístico no Eco Parque do Relvão, a cerca de 10 quilómetros da Chamusca, com cerca de 1.000 hectares para atividades ao ar livre e observação da fauna e flora.

Além da vertente turística, a empresa que a explorava tem também a pecuária onde ocorreu o acidente, com vários pavilhões para criação e engorda de porcos, numa zona da herdade afastada da vertente de lazer”.

 

 

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2 Comentários
  1. […] Tragédias humanas que nos deixam a pensar. O caso da Herdade da Galega na Chamusca […]

  2. Joana Diz

    Fala-se em tanta coisa o que é certo é que já passou 4 anos do acidente e os filhos do trabalhador ainda não viram nada

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