«Viveu 35 anos, fez 51 filhos, instituiu uma Nação e libertou Santarém, onde chorou a morte da irmã»

Rei D. Pedro IV de Portugal.

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Rei D. Pedro IV de Portugal
O Scalabitano Miguel Correia Noras, (antigo presidente da Câmara de Santarém), Investigador do Centro de História da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e membro do Instituto de Estudos Regionais e do Municipalismo “Alexandre Herculano” da mesma Faculdade, escreveu na sua página do facebook, um «delicioso» texto sobre o Rei D. Pedro IV de Portugal, que O Templário não resiste a partilhá-lo aqui:
“Quando D. Pedro IV veio libertar Santarém, contava 35 anos e 51 filhos (oito legítimos e 43 bastardos). Tratando-se do monarca que proclamou a independência do Brasil (em 7 de Setembro de 1822), existem autores sustentando que o número de 43 bastardos, avançado por Carl Schlichthorst, poderá pecar por defeito. Na verdade, alguns maridos das suas amantes aceitavam, com fidelidade canina, perfilhar os imperiais bastardos. Contudo, também há investigadores que apontam para um menor número de descendentes naturais de D. Pedro IV de Portugal, D. Pedro I do Brasil.
Seja como for, na linha do austríaco Carl Schlichthorst, vários estudiosos defendem mais ampla estatística, considerando o número de filhos de D. Pedro IV que morreram na verdura dos primeiros meses de idade. Avançam, ainda, documentalmente respaldados, que houve muitos casos idênticos ao do barão de Socaba, reconhecendo a paternidade de, pelo menos, um filho do imperador do Brasil. Recorde-se que o 1.º barão de Socaba, Bonifácio Pereira, era, nem mais nem menos, cunhado da Marquesa de Santos, a amante preferida de D. Pedro.
O filho do imperador e da mulher do barão de Socaba, baptizado como Rodrigo Delfim Pereira, serviu de inspiração a um poeta brasileiro que compôs a seguinte quadra: “Do imperador se diz filho / Tem o retrato na sala / Mas da p… que o pariu / Não tem retrato nem fala”.
Chegado a Santarém no dia 18 de Maio de 1834, D. Pedro IV, de Portugal, primeiro Imperador do Brasil, deslocou-se à Igreja de Santo Estevão (Igreja do Milagre), onde chorou o desaparecimento de sua Irmã, Dona Maria da Assunção. Ali sepultada, esta Infanta havia morrido de tifo, no dia de reis (6 de Janeiro) do mesmo ano.
Numa altura em que as taxas de natalidade estão como estão, quem sabe se Santarém não poderá fazer jus à circunstância de ter sido residência, ainda que muito efémera, de um dos reis mais reprodutivos de Portugal?
José Miguel Noras
Post Scriptum – Na nossa terra, D. Pedro IV viu a casa do amigo Sá da Bandeira a arder, fruto do ódio dos absolutistas. O “Rei Soldado” prontificou-se a custear nova moradia para o bravo do Mindelo. Este recusou liminarmente a oferta: «Não, Majestade! Já tenho a minha paga! Basta-me a satisfação de ter concorrido para duas coisas, para a independência da Pátria e para o estabelecimento da sua  liberdade!»
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