BARK – Bioparque da Barquinha pode não avançar

Terrenos destinados ao projeto podem vir a ser ocupados pela ampliação da zona industrial da Barquinha.

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Segundo noticia o mediotejo.net, na última reunião de Assembleia Municipal, um cidadão pediu informação sobre o BARK – Bioparque da Barquinha, e Fernando Freire, presidente da Câmara Municipal, disse ter “algumas reservas quanto ao parque, porque não há nenhum desenvolvimento”, adiantando que se aquele projeto não avançar, o espaço que lhe estava destinado “vai ser a zona 2 da expansão do centro de negócio de Vila Nova da Barquinha”.

Fernando Freire explicou ainda a este órgão de comunicação, que a autarquia está neste momento num impasse, pois já contactou o promotor do investimento e não obteve qualquer resposta. Por isso, entende que é preciso tomar decisões. “O estudo do bioparque está feito e a Câmara fez tudo para que o promotor avançasse com o projeto”, mas este “nem ata, nem desata e, por isso, temos também internamente de estudar maneiras” de dar uso ao terreno, concluiu o edil.

“Temos toda a zona industrial ocupada devido à grande procura, devido também à centralidade da A13 e A23, e por isso, temos que expandir a zona industrial. Uma das soluções passa por contactos prévios já com alguns proprietários confinantes, um com 134 hectares, outro com 74 hectares, e nós aproveitamos também, no nosso estudo, essa zona que estava reservada ao Bioparque”, explica. “Temos é que decidir”, frisa Fernando Freire.

Os terrenos que estavam destinados ao BARK são propriedade da Câmara Municipal, numa dimensão de 37 hectares, e “não existe nenhum compromisso de ónus ou encargos sobre esses terrenos”, nem “situações jurídicas do direito de propriedade”, notou o presidente.

O investimento e a envergadura de um projeto como este seria para Vila Nova da Barquinha algo “muito importantíssimo”, mas o autarca barquinhense acrescenta: “Perante o silêncio do promotor, temos de tomar decisões. Por isso é que somos autarcas. Não havendo do outro lado qualquer manifestação ou evidência de que o projeto vai para adiante, temos de tomar outro rumo.”

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O bioparque prometia unir a natureza, animais, turismo e investigação, a norte do centro empresarial, na zona fronteiriça com o concelho de Tomar, numa zona de boas acessibilidades, nomeadamente com a A23, que tem ligação a Espanha, com a A13 e a A1 a 15 minutos de distância, e a estação ferroviária do Entroncamento a 5 minutos.

O BARK tinha como preocupações principais a conservação e a reprodução de espécies em vias de extinção. O projeto previa ter 260 espécies animais numa primeira fase, com potencial a chegar às três mil espécies diferentes.

A data de abertura estava projetada para 25 de março de 2021, mas até ao momento nada se sabe sobre o projeto, que pretendia criar 150 postos de trabalhos, que chegou a ter candidaturas abertas.

O projeto contemplava um hotel, de quatro estrelas, com 130 quartos, um restaurante com 300 lugares, um anfiteatro com mil lugares e um estacionamento para 397 lugares (390 ligeiros e sete autocarros) e um centro pedagógico e uma clínica veterinária.

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