Misteriosa “Comissão Ad-hoc” defende afastamento das freguesias de Serra e Junceira da Festa dos Tabuleiros

Por: Américo Pereira*

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Por deliberação de 23 dezembro de 2022, reiterada em sessão de 22 abril de 2023, onde o mordomo e dois elementos da comissão dos cortejos estiveram presentes, a assembleia da União das Freguesias de Serra e Junceira decidiu, por unanimidade, pela “manutenção da identificação das freguesias de Serra e Junceira nas fitas das raparigas que levam tabuleiro”

Embora o mordomo da Festa dos Tabuleiros defenda a omissão da identificação das freguesias nas fitas das raparigas e no seu ponto de vista caber aos Presidentes de Junta a decisão quanto a essa matéria, o executivo desta União de Freguesias não encarou a situação dessa forma, até pelo processo de desagregação em curso, por entender que tudo o que respeite a usos, costumes, tradições e outros assuntos de elevado interesse para as freguesias, devam ser presentes à assembleia de freguesia, como, aliás, resulta da lei.

Uma vez que por imperativo legal, nomeadamente o Regime Jurídico das Autarquias Locais, aprovado e publicado em anexo à lei 75/2013, de 12 de set., arto 18o, alínea g) e arto 19o, alínea a) o Presidente e Junta de Freguesia devem dar cumprimento às deliberações da assembleia de freguesia, tudo faremos para que assim seja, recorrendo a todos os meios legais disponíveis, repita-se meios legais disponíveis, incluindo a via judicial, se assim for entendido e
necessário.

Mas o inédito e bizarro aconteceu no último congresso da sopa, sábado, 6 de maio, enquanto o mordomo dava entrevista numa rádio local acerca da Festa dos Tabuleiros e da problemática da identificação das freguesias nas fitas das raparigas, quando alguém de uma suposta “comissão ad-hoc da Festa dos Tabuleiros 2023”, provavelmente inexistente a nível legal e fiscal, ao que tudo indica criada à revelia do mordomo e da comissão central, defendeu publicamente a proibição ou impedimento das freguesias de Serra e Junceira participarem nos cortejos, em evidente apologia à violência e confusão, que claramente repudiamos.

Os naturais e residentes das freguesias de Serra e Junceira são pessoas de bem e não se reveem neste tipo de atitudes ou comportamentos, que condenam com veemência.
Embora desconhecendo a origem de tão misteriosa “comissão”, o mais certo é a mesma ter a paternidade dos habituais egocêntricos, com a carga negativa dos profetas da desgraça, que se pavoneiam pelo burgo, tão bem retratados numa versão tomarense de “os vampiros”, do saudoso Zeca Afonso.
Na esperança de que o bom senso prevaleça e tudo se resolva a contento de todos, para bem da festa, da cidade e do concelho, resta-nos aguardar pelas cenas dos próximos capítulos.

* Presidente da Junta da União das
Freguesias de Serra e Junceira

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