Nos 120 anos do nascimento de Maria de Lourdes de Mello e Castro há mais uma obra que mostra como a pintora se inspirou em Tomar

Na sua criação artística.

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Neste sábado, dia 28 de outubro, teve lugar o lançamento do livro “Tomar na Vida e na Obra de Maria de Lourdes de Mello e Castro” com a presença da autora Sofia Bandeira Duarte, e de vários autores que colaboraram com a obra, com testemunhos sobre a pintora e do contexto cultural e histórico da época.

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Da direita para a esq. Luís Alvellos, Filipa Fernandes; Sofia Duarte e Teresa Perdigão

A cerimónia que contou com familiares da pintora, nomeadamente o seu filho Engº Luís Alvellos decorreu no Moinho da Ordem do Complexo Cultural da Levada de Tomar. A obra foi apresentada por Teresa Perdigão, que proferiu uma excelente alocução sobre a coragem da pintora que ousou desafiar os costumes da época e sobre a cidade que lhe serviu de inspiração e que soube recebê-la, demonstrativos nas várias exposições que se realizaram ao longo dos anos.

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Aspecto geral da sala

Maria de Lourdes de Mello e Castro nasceu em Tomar, no dia 24 de Outubro de 1903, na Rua Alexandre Herculano.

Começou a pintar aos 12 anos como autodidacta. Aos 17 anos estudou com Ezequiel Pereira. A partir de 1921, desenvolveu uma relação de trabalho com aquele que passou a considerar o seu verdadeiro «mestre», Malhoa.

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Ana Vicente relata neste livro, agora lançado, que “Maria de Lourdes de Mello e Castro, dotada de uma grande força de carácter, conseguiu o que raramente era permitido às mulheres do seu tempo e da sua circunstância: afirmar-se como criadora artística profissional, actividade que efectivou quase até à sua morte.

Maria de Lourdes de Mello e Castro e a sua relação com Tomar

Segundo escreve a sua neta, Ana Alvellos, “Os retratos de personagens desta terra e as paisagens ilustram Tomar de outrora na sua componente monumental, humana e de simbiose com o rio Nabão.

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Pelas ruas e os casarios, a ponte e as margens do rio, delicados figurantes revelam-se na rotina diária deste núcleo urbano ainda de características rurais. Lavadeiras no rio, a presença do burro, da carroça, as vendas ambulantes ao virar da esquina (…) ou num dia de mercado preenchido por silhuetas coloridas.”

Luís Alvellos, filho da pintora, explicou como surgiu esta obra, depois de ter lido um artigo nos «Cadernos Nabantinos» sobre Maria de Lourdes de Mello e Castro da autoria de Sofia Bandeira Duarte, a autora, lançou-lhe o convite de avançar para a realização de um trabalho mais abrangente sobre a vida e obra da pintora tomarense.

 

O convite foi aceite e assim partiu-se para a concretização desta obra, um verdadeiro «retrato» de Tomar do século XX e do legado artístico que Maria de Lourdes de Mello e Castro deixou para as gerações vindouras.

 

 

 

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